China pede que G77 culpe países ricos por mudança climática
Santa Cruz (Bolívia), 15 jun (EFE).- O vice-presidente da Assembleia Nacional Popular da China, Chen Zhu, pediu neste domingo à Cúpula do G77 na Bolívia que lembre às nações ricas o princípio de responsabilidade comum e diferenciada sobre a mudança climática e que devem cooperar com as nações em desenvolvimento para enfrentá-lo.
“Temos que insistir no princípio da responsabilidade comum e diferenciada em relação à mudança climática, exortando aos países desenvolvidos para que cumpram seus compromissos em matéria de capitais, tecnologias e transferências tecnológicas”, declarou.
Chen Zhu participou da plenária da Cúpula do G77, formado por 133 países em desenvolvimento, emergentes e a China, que lembra hoje seus 50 anos de criação e discute uma agenda de ações para impulsionar o desenvolvimento internacional depois de 2015.
A potência asiática tem uma aliança com o G77 e sempre defendeu que os países industrializados ocidentais historicamente têm uma maior responsabilidade nos problemas da mudança climática e da poluição, comparadas com os gerados por seu próprio crescimento industrial.
O vice-presidente da Assembleia Popular da China também destacou que o G77 é hoje uma força importante para o futuro do mundo.
“Segundo estimativas para os próximos três ou cinco anos os países em vias de desenvolvimento vão contribuir para dois terços do desenvolvimento econômico mundial. O grupo G77 mais a China se transformou em uma grande força”, comentou.
Chen Zhu destacou o aumento do número original de nações fundadoras de 77, em 1964, até alcançar hoje as 133, que representam mais da metade do Produto Interno Bruto internacional.
“Ao mesmo tempo, a paz e o desenvolvimento como temática permanente não foram alterados”, acrescentou.
O vice-presidente da Assembleia Popular da China ressaltou que os países da aliança não alcançaram os objetivos que se colocaram e são alvos dos impactos da crise internacional, ao mesmo tempo em que enfrentam desafios como a segurança energética e alimentícia e o desequilíbrio no desenvolvimento.
Na arena internacional, acrescentou, ainda são poucas as vozes dos países em desenvolvimento que se fazem escutar e o G77 tem a responsabilidade de uní-las para o “autofortalecimento”.
O G77 deve seguir resguardando “a paz e a estabilidade mundial” promovendo a democratização das relações internacionais e respeitando os caminhos e o modelo de desenvolvimento de cada um dos países, salientou o dirigente chinês. EFE
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