China planeja fundir suas 2 principais empresas estatais de energia nuclear
Pequim, 20 mar (EFE).- As duas maiores empresas estatais de energia atômica da segunda maior economia mundial, a China Power Investment Corporation (CPIC) e a State Nuclear Power Tecnology Corporation (SNPTC), estão em trâmites de fusão, segundo informou nesta sexta-feira o jornal oficial “China Daily”.
A proposta de fusão foi apresentada oficialmente perante o Conselho de Estado em abril do ano passado, depois que as duas empresas concordaram com a operação, e o sinal verde oficial poderia chegar em breve, segundo fontes do setor citadas pelo jornal.
A nova empresa se denominaria State Power Investment Group, teria ativos no valor de mais de US$ 113 bilhões e espera conseguir vendas anuais que superem os US$ 32 bilhões.
A medida poderia servir para consolidar o setor, aumentar o estabelecimento de alianças com parceiros estrangeiros e as exportações de tecnologia nuclear de terceira geração, segundo o “China Daily”.
As empresas nucleares chinesas, que durante anos importaram tecnologia de sócias como a francesa Areva, a americana Westinghouse e a russa Rosatom, buscam agora exportar a países como a África do Sul, que planeja construir seis reatores antes de 2030, o que atraiu companhias chinesas e russas.
O presidente da SNPTC, Wang Binghua, participou nesta semana em um fórum sobre energia nuclear nesse país africano, onde confirmou os planos de fusão e ressaltou as vantagens das empresas atômicas chinesas em aspectos como a geração energética e a gestão de capitais.
A SNPTC foi criada em 2007 e é capaz de construir reatores de terceira geração cuja tecnologia foi vendida pela Westinghouse, embora não tenha licença de exportação, algo que possui a CPIC, o que explicaria em parte os planos de fusão. EFE
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