China põe fim à política do “filho único” e permite 2 filhos por casal

  • Por EFE
  • 29/10/2015 11h37
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EFE/Diego Azubel Mulheres com seus bebês em parques de Pequim

O Partido Comunista da China (PCCh) anunciou nesta quinta-feira (29) após seu plenário anual de quatro dias que “todos os casais” do país poderão ter até dois filhos, uma reforma que põe fim a mais de 30 anos da polêmica política do “filho único”.

A reforma, anunciada no mesmo dia em que o regime comunista aprovou seu XIII Plano Quinquenal para o período 2016-2020, representa mais um passo no afrouxamento das estritas políticas demográficas, que começou em 2013 com a ampliação do número de exceções nas quais um casal podia ter um segundo filho.

A política do filho único entrou em vigor em 1979 para reduzir os problemas de superpopulação da China, e segundo especialistas serviu para evitar que a população atual do país fosse para 1,7 bilhão de habitantes (atualmente é de 1,3 bilhão).

Os observadores já esperavam que no plenário do PCCh desta semana, realizado a portas fechadas com os máximos líderes do regime comunista, esta política fosse alterada, embora não soubessem até que ponto esta mudança chegaria.

O governo chinês sempre defendeu que a restrição dos casais a poderem ter um só filho, sobretudo em áreas urbanas, contribuiu para o desenvolvimento do país e para a saída da pobreza de mais de 400 milhões nas últimas três décadas, mas também admitiu que estava chegando a hora de essa política ser encerrada.

Entre os efeitos secundários mais prejudiciais da política do filho único para a China se destaca o rápido envelhecimento da população, o que fez com que sua pirâmide demográfica se tornasse semelhante a dos países mais desenvolvidos.

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