China quer ajudar na industrialização da América Latina

Brasília, 19 mar (EFE).- O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, reiterou nesta terça-feira durante visita oficial ao Brasil, o desejo de seu país de estreitar as relações com a América Latina “em todos os níveis”, e se ofereceu para cooperar com o avanço de um grande processo de industrialização na região.

“A recuperação econômica do mundo tem muito a ver com o aumento da capacidade produtiva, e para participar desse processo é necessário acelerar a cooperação para a industrialização na América Latina”, declarou Li no encerramento de um seminário empresarial junto com a presidente Dilma Rousseff.

Segundo o primeiro-ministro chinês, o caminho da América Latina para um maior desenvolvimento passa pela construção de infraestruturas e por um profundo processo de industrialização que permita agregar mais valor a suas matérias-primas, que são o principal produto de exportação regional.

Nos dois aspectos Li garantiu que a China está disposta a cooperar tanto com tecnologia como com o financiamento e a execução de obras de infraestrutura, assim como na capacitação de mão-de-obra especializada, que é carente na maioria dos países da região.

“Devemos atualizar a relação entre América Latina e China”, afirmou Li, que apontou que a industrialização da região seria também um estímulo para o comércio.

“Em longo prazo, não podemos imaginar que a América Latina seja somente um abastecedor de matérias-primas para a China e que a China siga sendo uma fábrica de produtos baratos para a América Latina”, sustentou Li, ao acrescentar que devem ser estabelecidos os fundamentos industriais necessários para que o comércio bilateral seja “vantajoso para ambas as partes”. EFE

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