China se oferece para colaborar com os EUA em luta contra o crime cibernético
Washington, 22 set (EFE).- O presidente da China, Xi Jinping, se ofereceu nesta terça-feira durante um discurso em Seattle, no noroeste dos Estados Unidos, para colaborar com o governo americano na luta contra o crime cibernético, depois que hackers chineses foram acusados de atacar alvos americanos.
Xi chegou hoje a Seattle na primeira escala de uma viagem que inclui paradas em Nova York e Washington, onde se reunirá com o presidente americano Barack Obama. O presidente chinês garantiu que o governo de seu país é um efusivo defensor da segurança cibernética.
“O governo da China não participará de nenhuma maneira em roubos comerciais, nem em ataques contra redes governamentais, crimes que devem ser punidos de acordo com a lei e os tratados internacionais”, disse Xi.
O presidente da China discursou para líderes empresariais tanto chineses como americanos, já que a presença chinesa no oeste dos EUA é muito notável, especialmente em Seattle, e garantiu que seu país “está pronto para estabelecer um mecanismo de diálogo em alto nível com os EUA para combater os crimes eletrônicos”.
O governo dos Estados Unidos foi alvo de vários ataques de hackers nos últimos meses. O maior deles afetou informações pessoais, incluindo números da previdência social e outros dados sensíveis, de 21,5 milhões de pessoas.
Desse total, 19,7 milhões são pessoas que o governo americano submeteu a um controle de segurança, na maioria dos casos por se tratarem de candidatos a empregos na administração pública, em prestadoras de serviço e outros indivíduos vinculados ao setor público, enquanto as pessoas restantes (1,8 milhão) são familiares de alguns dos anteriores.
Além dos números da previdência social, os hackers também tiveram acesso a endereços e históricos financeiros e de saúde.
Apesar de oficialmente ainda não ter sido revelado quem esteve por trás do ataque, são várias as vozes nos Estados Unidos, tanto na imprensa como na política, que asseguram que os autores foram hackers chineses.
Segundo o jornal “The Washington Post”, a China está construindo “uma enorme base de dados com informações pessoais de americanos”, a fim de “recrutar espiões e obter mais informações sobre um adversário”. EFE
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