China usa provérbio em relação com EUA: “sinceridade pode fazer maravilhas”

  • Por Agencia EFE
  • 08/03/2015 03h29

Pequim, 8 mar (EFE).- A China acredita que a próxima visita de seu presidente, Xi Jinping, aos Estados Unidos permitirá impulsionar um novo modelo de relação entre as potências, em que “a sinceridade pode fazer maravilhas”, exemplificou neste domingo o ministro das Relações Exteriores, Wang Yi.

Xi deve visitar os EUA em setembro, a convite do presidente americano Barack Obama, o que dará seguimento a reunião que eles tiveram em Pequim em novembro após a cúpula de países do Fórum de Cooperação Ásia-Pacífico (Apec).

O objetivo é impulsionar “um novo modelo de relação” entre as duas principais potências mundiais, destacou hoje o ministro chinês das Relações Exteriores em uma entrevista coletiva.

O estabelecimento deste novo modelo de relação “é um esforço pioneiro, e por isso não será uma travessia tranquila, mas é um desenvolvimento lógico, porque interessa às duas partes e é a tendência dos tempos”.

Wang enviou uma mensagem a Washington através de um provérbio chinês, que diz que “a sinceridade pode fazer maravilhas”, e afirmou que enquanto as partes forem sinceras “não haverá conflito nem confronto” entre os dois países.

A cooperação entre Pequim e Washington oferece “imensas possibilidades”, insistiu o chefe da diplomacia chinesa, embora “seja impossível não haver desacordos”, apesar de ponderar que “não devemos magnificá-los”.

Obama e seu governo deram um giro estratégico na política externa e de defesa para dar mais ênfase à região da Ásia-Pacífico, e Wang disse acreditar que uma maior interação China-EUA aumentará a estabilidade ali.

Um dos campos nos quais houve mais disputas ultimamente entre os dois países é o da cibersegurança, com os dois países trocando acusações de espionagem informática.

O ministro chinês das Relações Exteriores ressaltou que EUA e China “têm um interesse comum” em aumentar e garantir a segurança cibernética, e assinalou seu desejo de que este assunto “seja um novo campo de nossa cooperação, em lugar de uma nova fonte de atrito”. EFE

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