Chineses vinculados aos EUA eram alvo de ataque cibernético, afirma “NYT”
Washington, 10 jun (EFE).- O grande ataque cibernético contra os Estados Unidos revelado na semana passada, e que comprometeu a informação de até quatro milhões de funcionários federais americanos, teve como alvo os nomes de cidadãos chineses vinculados aos país, informou nesta quarta-feira o jornal “The New York Times”.
De acordo com o jornal, que cita fontes da investigação, os autores do ataque foram hackers chineses (algo que ainda não foi confirmado oficialmente) na busca de nomes de cidadãos chineses que são “parentes, amigos ou sócios de diplomatas americanos e outros funcionários do governo”.
O “The New York Times” comenta ainda que China poderia usar esta informação para “chantagens ou represálias”.
O ataque contra o sistema informático do Escritório de Gestão de Pessoal do governo dos EUA, ocorrido em dezembro do ano passado e detectado em maio, poderia ser o maior roubo de informação estatal jamais tentado contra o país.
Embora oficialmente ainda não se tenha revelado quem esteve por trás do ataque cibernético, são vários os meios de comunicação dos EUA, assim como um congressista republicano, que asseguram que os autores foram hackers chineses.
Segundo o jornal “The Washington Post”, a China está construindo “bases de dados maciças com a informação pessoal de americanos”, a fim de “recrutar espiões ou conseguir mais informação sobre um adversário”.
O governo chinês, por sua parte, assegurou que não há “provas científicas” que o relacionem com esse ataque.
Os funcionários federais que trabalham com informação sensível sobre segurança nacional dos EUA devem proporcionar uma lista com os nomes de seus contatos estrangeiros. Seriam estas listas, nas quais estariam incluídos os nomes de cidadãos chineses, os alvos dos hackers. EFE
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