Choques entre exército somali e milicianos deixam 16 mortos em Jubaland

  • Por Agencia EFE
  • 13/05/2014 15h13

Mogadíscio, 13 mai (EFE).- Pelo menos 16 pessoas morreram e 18 ficaram feridas nesta terça-feira no sudoeste da Somália em enfrentamentos armados entre o exército e milicianos controlados pelo líder da administração interina da região de Jubaland (leste do país), o ex-islamita Ahmed Madobe.

Entre as vítimas fatais há sete civis, que morreram devido ao impacto de mísseis contra suas casas.

Os combates começaram por volta do meio-dia próximo de um posto de controle em uma estrada na cidade de Baladxawo, na província de Gedo, que faz parte de Jubaland, quando os milicianos, seguindo ordens de Madobe, invadiram a localidade, até então controlada pelo governo somali.

As tropas governamentais contaram com o apoio da milícia Ahlusunna Waljamaaca, que tem forte presença na região.

Após o ataque, os milicianos de Madobe controlam a maioria dos bairros de Baladxawo. O governo e as autoridades leais ao poder central da província de Gedo prometeram que farão todo o possível para recuperar o território.

O governo federal da Somália chegou a um acordo em agosto do ano passado para reconhecer uma administração interina em Jubaland, cujo líder era o ex-islamista, Ahmed Madobe, chefe da milícia pró-governamental Raskamboni, em uma tentativa de avançar no processo de estabilização do país.

Os acordos alcançados não colocaram fim às disputas pelo controle do território entre a frágil administração central e o governo interino de Jubaland.

A região, que foi incorporada nos anos 60 à Somália, estabeleceu em 2010 uma administração local para buscar estabilidade, seguindo o modelo das regiões autônomas de Puntland e Somaliland.

A Somália vive em um estado de guerra civil e caos desde 1991, quando o ditador Moham Siad Barré foi deposto, o que deixou o país sem um governo efetivo e em mãos de milícias islâmicas, senhores da guerra e grupos criminosos armados. EFE

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