Choques entre policiais e seguidores de Mursi deixa um morto no Egito
Cairo, 9 nov (EFE).- Um estudante membro da Irmandade Muçulmana morreu e pelo menos nove ficaram feridos neste domingo em enfrentamentos entre seguidores do presidente deposto Mohammed Mursi e forças de segurança na província de Beni Suef, ao sul do Cairo, informou o Ministério do Interior.
A vítima, de 21 anos, levou um tiro na barriga na cidade de Al Maimun, a 95 quilômetros da capital. Segundo o ministério, uma arma foi encontrada com o estudante.
As forças antidistúrbios chegaram na região, considerada um reduto islamita, após os manifestantes bloquearem a linha de trem que liga Cairo ao sul do Egito.
Segundo a agência oficial “Mena”, a polícia foi atacada com armas de fogo por isso se viu obrigada a efetuar disparos de advertência e gás lacrimogêneo para dispersar os protestos.
A Irmandade Muçulmana, grupo ao qual Mursi pertenceu, denunciou que dezenas de pessoas ficaram feridas e classificou o episódio de “agressão das milícias golpistas contra Al Maimun”.
O grupo contou que as forças antidistúrbios entraram nesta manhã na cidade depois de fechar todos os seus acessos, escolas e sedes governamentais.
O Ministério do Interior, por sua parte, explicou em um comunicado que as forças de segurança efetuavam uma operação em Al Maimun para deter “elementos perigosos” quando ocorreu o tiroteio.
A Irmandade Muçulmana é considerada um grupo terrorista pelas autoridades desde dezembro do ano passado e sofre uma dura perseguição.
Desde o levante militar, milhares de seus membros e simpatizantes foram detidos e levados a julgamento, entre eles seus principais dirigentes, contra os quais em alguns casos pesam condenações à morte e prisão perpétua. EFE
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