Choques intensos entre jihadistas e curdos prosseguem no norte da Síria

  • Por Agencia EFE
  • 24/09/2014 00h21

Beirute, 19 set (EFE).- Os choques intensos entre o grupo Estado Islâmico (EI) e milicianos curdos prosseguiram nesta sexta-feira na região de Kobani, um dos principais enclaves curdos do norte da Síria, de onde fugiram milhares de pessoas.

O porta-voz do Partido da União Democrática (PYD, em sua sigla em curdo), Nawaf Khalil, disse à Agência Efe por telefone que “a situação em Kobani é muito perigosa porque os jihadistas tomaram o controle de 20 povos nos últimos dois dias”.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos precisou que até o momento os radicais dominaram 24 povos nas imediações de Kobani, que está cercada pelos extremistas.

Khalil detalhou que o EI emprega carros de combate e armas pesadas em seu ataque, enquanto as chamadas Unidades de Proteção do Povo Curdo receberam reforços desde Turquia, já que muitos jovens curdos do outro lado da fronteira respondem às chamadas de socorro.

O porta-voz acrescentou que milhares de pessoas fugiram de suas casas rumo à Turquia, que, assegurou, está impedindo atravessar a fronteira.

No entanto, a emissora turca “NTV” afirmou hoje que a Turquia abriu a fronteira para permitir a entrada dos refugiados curdos sírios.

Khalil fez, além disso, uma chamada à “comunidade internacional, EUA e a União Europeia (UE) para que defendam os curdos, não só de Kobani, mas também de outras províncias sírias ameaçadas pelos terroristas do EI”.

Nesta sexta-feira, as autoridades da região autônoma do Curdistão iraquiano pediram também à comunidade internacional que intervenha para ajudar a população de Kobani.

Os curdos sírios estão apresentando uma dura resistência ao avanço do EI, que em junho proclamou um califado no Iraque e Síria.

Não é a primeira vez que as áreas de maioria curda são objetivo dos jihadistas na Síria.

Os curdos sírios se concentram, sobretudo, na província de Al Hasaka (nordeste) e nas regiões de Afrin e Kobani, em Aleppo, (norte) e supõem 9% da população do país.EFE

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