Chuvas aumentam perigo de inundações após erupção do vulcão chileno Calbuco
Santiago (Chile), 1 mai (EFE).- O aumento das chuvas na região do vulcão chileno Calbuco, no sul do país, preocupa as autoridades devido à possibilidade de inundações secundárias nos rios, informaram fontes oficiais nesta sexta-feira.
Em caso de chuvas, as inundações arrastam cinza e areia emanadas do vulcão, o que representa um grande perigo para pessoas e construções.
“Continua a zona de exclusão em 20 quilômetros ao redor da cratera do vulcão”, comunicou o Escritório Nacional de Emergência (Onemi). O material emanado acumulado na parte superior do vulcão, em suas encostas e zonas divisórias pode ser arrastado pela chuva, dando origem a inundações ao longo dos rios”, explicou o organismo.
O vulcão, de 2.015 metros de altitude, entrou em erupção na quinta-feira pela terceira vez desde a semana passada e emanou uma coluna de fumaça e cinzas de três quilômetros de altura que se deslocou em direção ao sudeste, chegando a locais não alcançados pelas erupções anteriores.
Mais de 6.500 pessoas foram refugiadas nesta quinta-feira, enquanto o Comitê de Operações de Emergência (COE) confirmou uma zona de exclusão de 20 quilômetros ao redor da cratera e o Serviço Nacional de Geologia e Mineração (Sernageomin) manteve vigente o nível de alerta vermelho na região.
Segundo as autoridades chilenas, a chuva pode diminuir na tarde desta sexta-feira. As autoridades locais ressaltaram que as pessoas refugiadas no dia 22 de abril estão proibidas de visitar suas casas e gado.
“Hoje é impossível que uma pessoa suba para ver como estão suas casas e animais”, disse o prefeito da cidade de Puerto Varas, Álvaro Berger, em declarações ao “Canal 13” de televisão.
De acordo com as autoridades, a erupção de quinta-feira teve magnitude menor que as da semana passada, quando a coluna de fumaça alcançou 17 quilômetros de altura.
Situado a mil quilômetros da capital Santiago, na região de Los Lagos, o Calbuco é considerado o terceiro mais perigoso em uma lista de vulcões chilenos ativos por sua proximidade a lugares povoados e realizou várias eruções de grande magnitude nos últimos séculos, mas se manteve adormecido durante 43 anos até a erupção do dia 22 de abril. EFE
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