Chuvas no RS ainda deixam pelo menos 7 mil pessoas fora de suas casas

  • Por Jovem Pan
  • 19/10/2015 15h53
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*FOTO EMBARGADA PARA O ESTADO DO RS E SC* PORTO ALEGRE, RS - 11.10.2015: CLIMA-RS - O nível do Guaíba atingiu a marca de 2,78 metros por volta das 14h deste domingo, a maior desde 1967, de acordo com o Centro Integrado de Comando da Cidade de Porto Alegre (CEIC). A situação provoca alagamentos em pontos das ilhas da capital. (Foto: Omar Freitas/Ag. RBS/Folhapress) Omar Freitas/Ag. RBS/Folhapress Nível do Guaíba atinge maior nível desde 1967 e deixa centenas de pessoas desabrigadas no Rio Grande do Sul

As chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde o início da semana passada ainda deixam mais de sete mil pessoas desabrigadas. A cheia do Rio Guaíba, no sábado (17), alagou grande parte do cais do porto, no centro de Porto Alegre. No Estado, a previsão é de que cerca de 147 mil pessoas e 39 mil casas foram atingidas desde o último dia 07.

Em entrevista a Jovem Pan, o subchefe da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, tenente-coronel, Alexandre Martins de Lima, afirmou que entre os municípios mais afetados estão os da região metropolitana e central do RS. “Estamos em constante monitoramento dos institutos meteorológicos. Infelizmente as previsões informam que a partir desta segunda voltam as chuvas até quarta-feira. Quinta e sexta-feira para e sábado voltam”, informou.

Os institutos de meteorologia completam ainda que há a possibilidade de que as chuvas continuem devido ao fenômeno El Niño. Questionado se o Estado estaria pronto para lidar com os eventos climáticos, o tenente-coronel disse que o trabalho está focado para isso.

“As situações anormais vão acontecer até março. Estamos nos estruturando cada vez mais com essas ocorrências e, com o apoio da União, do Estadp e do município, vamos dar conta de toda essa situação, repassando os recursos necessários para minimizar o sofrimento das comunidades atingidas”, explicou.

Acolhimento de vítimas

O tenente-coronel, Alexandre Martins de Lima explica que o processo para acolhimento das vítimas é feito de forma antecipada. “Municípios estão atentos aos locais onde a gente têm repassado os alarmes que vão ocorrer vendavais, chuva intensa, deslizamento e granizo e tem removido as famílias em área de risco com certa antecedência, levando a abrigos públicos”.

Segundo ele, a população tem agido com bastante rapidez na campanha humanitária: recebemos colchões, roupas de cama, alimentos”. O Estado também vem colaborando no acolhimento daqueles que estão fora de suas casas. “O Estado já há duas semanas vem adquirindo cestas básicas, lonas e telhas para repassar para comunidades atingidas, bem como a Secretaria Nacional de Defesa Civil já tinha uma reserva emergencial que já começamos a distribuir. Hoje, já chegou uma carreta com cobertores e deve chegar com kits de limpeza e higiene”, esclareceu.

Situação de emergência

“O Sistema Nacional de Defesa Civil compõe município, Estado e União. O município tem que ter uma previsão orçamentária para dar esse primeiro atendimento às comunidades afetadas. Quando as condições começam a ficar complexas eles decretam situação de emergência”, explicou.

A situação de emergência se dá quando o município atinge um índice de 2,77% da receita corrente líquida anual em prejuízos públicos ou 8,33% da receita corrente líquida anual em prejuízos privados.

Desta forma, o Estado homologa e a União deve reconhecer, e só então o município pode receber recursos orçamentários do Estado e da União. “O município faz questão de decretar situação de emergência porque ele recebe algumas facilidades, entre elas, fica liberado de fazer licitações, pode fazer uma reprogramação orçamentária”, finalizou.

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