CIA duplica sua estimativa de combatentes do EI para entre 20 e 31,5 mil

Washington, 11 set (EFE).- A agência de inteligência (CIA, sigla em inglês) dos Estados Unidos estima que o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) tem entre 20 e 31,5 mil combatentes, aproximadamente o dobro do que foi calculado antes do mês de maio, informou à Agência Efe nesta quinta-feira um porta-voz da agência.

Esses números significam um aumento de pelo menos 10 mil milicianos nos últimos meses, devido a um “recrutamento maior desde junho, após os sucessos (do EI) no campo de batalha e a declaração de um califado”, explicou o porta-voz, em condição de anonimato.

A CIA divulgou esses números apenas 24 horas depois que o presidente Barack Obama anunciou sua campanha para eliminar o EI, uma operação que será estendida para o território da Síria e inclui o envio de mais 475 militares ao Iraque.

Esses novos números correspondem aos últimos relatórios da CIA, elaborados entre maio e agosto, um intervalo em que a ameaça do EI ganhou força suficiente para obrigar Obama a intervir em um cenário ao qual tinha se mostrado reticente até agora: a Síria.

Também foi divulgado hoje que os voos de reconhecimento sobre a Síria, autorizados por Obama no final de agosto, começaram nesta quinta-feira, logo após o discurso do presidente à nação na noite de ontem, segundo fontes oficiais citadas pela emissora “CNN”.

Quando vazou a informação sobre essa autorização presidencial, fontes oficiais informaram à imprensa americana que esses voos eram um possível passo para futuros ataques contra os jihadistas do Estado Islâmico na Síria.

Os voos de reconhecimento serão feitos com uma combinação de diferentes aeronaves, entre elas drones e outros aviões especiais, explicaram no final de agosto fontes do Departamento de Defesa ao “The New York Times”.

Ontem, Obama quis deixar claro em seu pronunciamento à nação que perseguirá os jihadistas do EI “onde quer que eles estejam”, mas insistiu que a campanha, em nenhum momento, envolverá o envio de tropas terrestres. EFE