Ciberataque compromete 76 milhões de contas do banco americano JPMorgan Chase
Nova York, 2 out (EFE).- Um ciberataque ocorrido em agosto contra o banco americano JPMorgan Chase comprometeu cerca de 76 milhões de contas correntes e outras sete milhões de contas de pequenas empresas, informou nesta quinta-feira a instituição financeira.
Em um documento apresentado na Comissão da Bolsa de Valores dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês), o banco detalhou quais foram os dados que ficaram vulneráveis no ataque contra páginas e aplicativos móveis do JPMorgan.
Os hackers tiveram acesso a nomes, endereços, números de telefone e e-mails dos clientes, além de informações internas da instituição financeira.
No entanto, o banco ainda não encontrou provas de que a invasão tenha afetado detalhes sobre contas, senhas de acesso, números de carteira de identidade, datas de nascimento e dados sobre o seguro social dos correntistas.
As investigações ainda estão em andamento, mas banco não registrou até o momento nenhuma fraude relacionada ao vazamento das informações. Contudo, o JPMorgan pediu que seus clientes fiquem atentos e denunciem qualquer tipo de irregularidade em suas contas.
“A companhia segue monitorando e controlando a situação, investigando o assunto. Além disso, o banco está cooperando completamente com todas as agências governamentais”, garantiu o JPMorgan no documento apresentado.
O banco foi uma das cinco entidades americanas vítimas do ataque, que continua sendo alvo de minuciosa investigação. Ainda se desconhece a extensão dos danos.
O FBI tenta, desde então, determinar a origem do elaborado ciberataque e descobrir se a motivação por trás da ação é simplesmente econômica ou envolve atos de espionagem internacional.
“Empresas de nosso tamanho infelizmente sofrem ciberataques quase todos os dias. Temos várias maneiras de nos defender dessas ameaças e vigiamos constantemente se houve alguma fraude real”, disse Patricia Wexler, porta-voz do JPMorgan.
O setor bancário americano tem sido alvo frequente dos hackers nos últimos anos, embora a maioria dos ataques tivesse motivação econômica. É por isso que esse caso, que não parece ser do mesmo perfil, causou inquietação às autoridades. EFE
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