CICV denuncia que busca autorização para entrar em Aleppo há dois meses
Genebra, 22 abr (EFE).- O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), uma organização humanitária neutra, denunciou nesta terça-feira que espera há dois meses uma autorização do governo sírio para entrar na cidade de Aleppo (norte da Síria) e em sua área rural para fornecer ajuda à população vítima do conflito.
“Apesar de nossos esforços ininterruptos nos dois últimos meses para obter acesso às áreas diretamente afetadas pelos enfrentamentos em Aleppo e sua zona rural, seguimos esperando o sinal verde do governo para levar a ajuda que tanto é necessária”, declarou o responsável do CICV na Síria, Boris Michel.
A entidade, que está presente em Damasco e cujos colaboradores se deslocam também ao interior do país, confirmou que é observado um forte aumento da violência em Aleppo, onde -segundo suas constatações- ambas as partes beligerantes “atacam indiscriminadamente os civis”.
Tanto as forças governamentais como os rebeldes impedem também à população de receber ajuda vital para sobreviver, indicou Michel mediante um comunicado.
Além disso, Michel sustentou que os contínuos enfrentamentos isolaram Aleppo do exterior, principalmente devido ao fechamento da única passagem entre as zonas controladas por forças governamentais e rebeldes, assim como da principal estrada que conecta esta cidade com a capital, Damasco.
“Isto afeta as possibilidades da população de sair e buscar atendimento médico, alimentos e cobrir outras necessidades”, disse por sua parte Hind Akooly, um delegado do CICV em Aleppo.
“Escutamos testemunhos de pacientes que estão obrigados a fazer viagens de 14 horas para chegar a um hospital. Além disso, a falta de eletricidade em toda a província significa que o povo só tem um acesso limitado à água potável”, acrescentou.
A Cruz Vermelha Internacional, que tem sua sede em Genebra, pediu nestas circunstâncias a ambas partes que permitam levar a ajuda que têm preparada, particularmente às áreas que estão sitiadas militarmente. EFE
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