Cientistas descobrem tratamento contra malária baseado em uso de planta
Washington, 5 jan (EFE).- Um grupo de cientistas descobriu um novo tratamento contra a malásia baseado no uso de Artemesia annua, conhecida popularmente como losna, uma planta da qual é extraído o principal ingrediente para a fabricação de remédios para a doença, conforme a revista “Proceedings of the National Academy of Sciences”
Durante décadas, médicos e servidores de saúde pública em todo mundo tiveram suas tentativas de tratar a malásia frustradas pela capacidade do parasita de desenvolver resistência aos medicamentos.
Mas a forma de combate à malária pode mudar após a descoberta da equipe do microbiólogo Stephen Rich, da Universidade de Massachusetts Amherst.
Usar diretamente a losna é três vezes mais eficaz que utilizar a dose padrão dos remédios que contêm artemisina e que hoje constituem a forma mais comum de tratar malária em nível mundial, afirmam os cientistas. A aplicação direta da planta é ainda duas vezes mais eficiente, mesmo se a dose do medicamento for dobrada.
Para realizar a pesquisa, Rich e sua equipe realizaram uma série de experimentos para comparar os resultados do tratamento da malária com a planta e com os remédios.
Foram avaliados nos dois tipos de malária usados e que afetam os roedores o tratamento mais eficaz e quais parasitas resistiam, uma vez que tinham sido aplicados diferentes medicamentos.
Um dos tipos da doença testados é o que mais se assemelha ao Plasmodium falciparum, o mais mortal dos cinco parasitas da malária humana.
“Realizando esses experimentos com diferentes espécies da malária dos roedores, conseguimos uma prova sólida sobre o tratamento”, afirmou Rich.
Para o cientista, o estudo tem importância especial porque 3,2 bilhões de pessoas correm risco de contrair malária, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Nas conclusões da pesquisa, os cientistas sugerem que futuros estudos explorem mais profundamente as possibilidades de tratar a doença com a planta, um método mais barato e não baseado em fármacos. EFE
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