Cientistas encontram possível resposta para reparar corações danificados
Barcelona, 7 nov (EFE).- Uma pesquisa realizada por cientistas do Salk Institute da Califórnia, liderada pelo espanhol Juan Carlos Izpisua, encontrou uma possível resposta para reparar corações danificados, mas o experimento foi testado somente em ratos.
Os cientistas, que publicaram o trabalho na revista “Cell Stem Cell”, conseguiram reparar os corações bloqueando quatro moléculas que são capazes de inibir os programas para a regeneração de órgãos, o que abre a porta a novos tratamentos para doenças cardíacas.
A pesquisa sugere que, embora normalmente os mamíferos adultos não são capazes de regenerar os tecidos danificados, estes podem reter uma capacidade latente que está presente durante o desenvolvimento embrionário.
O grupo de Izpisua está há muito tempo tentando descobrir os elementos que controlam e iniciam a regeneração em organismos que são capazes de realizá-lo.
“Sabemos que este tipo de estudos requerem tempo e muitas fases, mas estes resultados nos situam em um cenário sem precedentes. É preciso seguir trabalhando”, dizem.
O laboratório de Izpisua foi pioneiro em identificar muitas moléculas essenciais que definem o desenvolvimento dos vertebrados.
Em 2003, o grupo identificou os sinais responsáveis da regeneração do coração de peixe zebra e em 2010 descreveu em artigo publicado na revista “Nature” como realizava esse processo.
Esse estudo revelou que as células cardíacas têm capacidade de se transformar em células mais imaturas, similares às células precursoras do coração, o que permite que se multipliquem e regenerem o tecido danificado.
“Para este trabalho, nos centramos nos resultados obtidos com o peixe zebra e pensamos que se eles sabem como regenerar tecidos, deve ter algo que possam nos ensinar”, diz Aitor Aguirre, outro cientistas do projeto. EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.