Cinco meses após MPE revelar esquema, Alesp instaura CPI da Máfia da Merenda

  • Por Estadão Conteúdo
  • 22/06/2016 12h24
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São Paulo - Estudantes da ETEC Professor Basilides de Godoy, em Vila Leopoldina, ocuparam a escola na manhã de hoje. Eles reivindicam apuração dos desvios nos contratos da merenda escolar (Rovena Rosa/Agência Brasil) Rovena Rosa/Agência Brasil Merenda seca nas escolas estaduais gerou protestos e ocupações nas ETECs

Após cinco meses das primeiras denúncias de fraude na merenda da rede pública estadual e em algumas prefeituras, a Assembleia Legislativa de São Paulo vai instalar nesta quarta-feira, 22, às 15h, a CPI da Merenda.

Alvo de investigações da Operação Alba Branca, conduzida pelo Ministério Público Estadual e pela Polícia Civil, a Máfia da Merenda aponta indícios de participação direta de integrantes do governo Geraldo Alckmin (PSDB), como dois ex- secretários: Herman Voorwald, da Educação, e Duarte Nogueira, de Logística e Transportes.

Ainda como denunciados estão dois chefes de gabinete: Luiz Roberto Santos, o “Moita”, que executava a função no Gabinete da Casa Civil indicado pelo PSDB, e Fernando Padula, que atuava no Gabinete da Secretaria Estadual de Educação.

O primeiro pedido de CPI, apresentado pela bancada do PT na Casa, sofreu boicote da base do governador, que mudou de posição e apresentou o pedido que prosperou e surgiu como resposta à ocupação da Assembleia por estudantes secundaristas que cobraram a imediata instalação da CPI.

Dos nove integrantes da CPI, a oposição tem apenas um representante, que é o deputado Alencar Santana Braga, do PT, como titular, e Luiz Turco na suplência.

Hoje com a instalação da CPI os integrantes devem escolher o presidente e relator dos trabalhos.

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