Cinco pessoas são indiciadas por queda de helicóptero que matou filho de Alckmin
Thomaz aparece pilotando em foto postada pela esposa
Veja fotos de ThomazA Polícia Civil de São Paulo indiciou cinco pessoas no inquérito que investiga a queda de helicóptero em Carapicuíba (SP), que matou cinco pessoas, dentre elas Thomaz Rodrigues Alckmin, filho do governador paulista Geraldo Alckmin, em abril de 2015. Também morreram o piloto Carlos Haroldo Gonçalves e os mecânicos Paulo Moraes, Erick Martinho e Leandro Souza.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou nesta quarta-feira (7), o inquérito foi finalizado e entregue à Justiça em 25 de novembro. Foram indiciadas três pessoas por homicídio culposo, uma por fraude processual e uma por falso testemunho. O Ministério Público informou que já recebeu o inquérito e que irá avaliar o resultado das investigações da Polícia Civil para decidir se oferece denúncia contra os investigados.
Em nota, a empresa Helipark, proprietária do helicóptero, disse que o relatório do inquérito policial baseia-se na premissa de que a aeronave decolou com um componente desconectado que era imprescindível ao voo . “Essa hipótese é absurda do ponto de vista técnico, sendo equivalente a imaginar-se dirigir um automóvel com a barra de direção solta. Tratando-se de um helicóptero, o mero acionamento dos motores provocaria o tombamento lateral da aeronave ainda na pista. Os fatos levantados no inquérito foram questionados por especialistas e comandantes de helicópteros. No entanto, essas manifestações não foram sequer consideradas pela autoridade policial”, diz o texto da nota divulgada hoje.
Em junho, a Aeronáutica informou que as investigações mostraram que dois controles fundamentais estavam desconectados no helicóptero PP-LLS, que caiu no dia 2 de abril, em Carapicuíba, zona oeste da Grande São Paulo. “Controles flexíveis (ball type) e alavancas (bellcranck) – dois componentes fundamentais para o piloto controlar a aeronave em voo – estavam desconectados antes da decolagem”, informou em nota.
Além disso, segundo a Aeronáutica, as evidências mostraram que o comandante pilotou o helicóptero durante todo o período do voo, e que os danos encontrados nos motores, transmissão principal e de cauda, pás do rotor principal e de cauda e demais componentes foram consequências do acidente e não deram causa à queda.
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