Cinco pessoas são indiciadas por queda de helicóptero que matou filho de Alckmin

  • Por Agência Brasil
  • 07/12/2016 17h23

Thomaz aparece pilotando em foto postada pela esposa Reprodução/Instagram Veja fotos de Thomaz

A Polícia Civil de São Paulo indiciou cinco pessoas no inquérito que investiga a queda de helicóptero em Carapicuíba (SP), que matou cinco pessoas, dentre elas Thomaz Rodrigues Alckmin, filho do governador paulista Geraldo Alckmin, em abril de 2015. Também morreram o piloto Carlos Haroldo Gonçalves e os mecânicos Paulo Moraes, Erick Martinho e Leandro Souza.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou nesta quarta-feira (7), o inquérito foi finalizado e entregue à Justiça em 25 de novembro. Foram indiciadas três pessoas por homicídio culposo, uma por fraude processual e uma por falso testemunho. O Ministério Público informou que já recebeu o inquérito e que irá avaliar o resultado das investigações da Polícia Civil para decidir se oferece denúncia contra os investigados.

Em nota, a empresa Helipark, proprietária do helicóptero, disse que o relatório do inquérito policial baseia-se na premissa de que a aeronave decolou com um componente desconectado que era imprescindível ao voo . “Essa hipótese é absurda do ponto de vista técnico, sendo equivalente a imaginar-se dirigir um automóvel com a barra de direção solta. Tratando-se de um helicóptero, o mero acionamento dos motores provocaria o tombamento lateral da aeronave ainda na pista. Os fatos levantados no inquérito foram questionados por especialistas e comandantes de helicópteros. No entanto, essas manifestações não foram sequer consideradas pela autoridade policial”, diz o texto da nota divulgada hoje.

Em junho, a Aeronáutica informou que as investigações mostraram que dois controles fundamentais estavam desconectados no helicóptero PP-LLS, que caiu no dia 2 de abril, em Carapicuíba, zona oeste da Grande São Paulo. “Controles flexíveis (ball type) e alavancas (bellcranck) – dois componentes fundamentais para o piloto controlar a aeronave em voo – estavam desconectados antes da decolagem”, informou em nota.

Além disso, segundo a Aeronáutica, as evidências mostraram que o comandante pilotou o helicóptero durante todo o período do voo, e que os danos encontrados nos motores, transmissão principal e de cauda, pás do rotor principal e de cauda e demais componentes foram consequências do acidente e não deram causa à queda.

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