Cinegrafista palestino morre em bombardeio israelense em Gaza
Faixa de Gaza, 20 jul (EFE).- Um cinegrafista palestino morreu neste domingo, junto ao motorista de uma ambulância, em um bombardeio do Exército israelense contra o bairro de Shahiya, um dos mais populosos da Faixa de Gaza.
Khaled Hamad é o primeiro jornalista que morre em um bombardeio quando estava trabalhando na Faixa desde que no dia 8 de julho o governo israelense lançou uma ofensiva na qual já morreram mais de 370 pessoas, em sua imensa maioria civis.
No início do conflito, um projétil israelense já tinha caído em um veículo que estava claramente identificado como imprensa, morrendo seu motorista e deixando oito pessoas feridas.
A morte de Hamad, que trabalhava como freelancer, aconteceu poucas horas depois que o governo israelense enviou uma mensagem aos jornalistas nos quais lhes advertia que não se responsabiliza da segurança dos informadores estrangeiros que estejam no interior de Gaza.
O aviso, que hoje era objeto de comentários pelas dezenas de meios de imprensa presentes na Faixa, chegou ao mesmo tempo que o Exército israelense decidiu ontem à noite ampliar sua incursão terrestre na região, onde intensificou seus bombardeios por terra, mar e ar.
“Gaza e as áreas próximas são um campo de batalha. Cobrir as hostilidades põe os jornalistas em risco para suas vidas”, explicou uma nota.
“Em nenhum caso, Israel é responsável por ferimentos e pelos danos que possa acontecer como resultado de informar no terreno”, acrescentou.
O direito internacional humanitário estipula que, além da população civil, as partes em conflito em uma guerra são obrigadas a proteger o pessoal médico, humanitário e a imprensa que trabalha.
Além disso, os jornalistas estrangeiros que estão em Gaza desde o início das hostilidades entraram na Faixa com a credenciamento dado pelo governo israelense e com autorização prévia do Exército israelense, para quem se devia enviar um e-mail com todos os dados do profissional. EFE
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