Civil da ONU na República Centro-Africana é denunciado por exploração sexual

  • Por Agencia EFE
  • 15/09/2015 17h00

Nairóbi, 15 set (EFE).- A missão das Nações Unidas na República Centro-Africana (MINUSCA) informou nesta terça-feira sobre uma nova denúncia de exploração sexual supostamente cometida por um membro de seu pessoal civil desdobrado no país.

Com este novo caso, chega a 16 as denúncias de abusos e exploração sexual registradas contra pessoal das Nações Unidas na República Centro-Africana, imersa em um espiral de violência sectária há dois anos.

Delas, 13 foram apresentadas contra pessoal militar, uma contra um agente policial, outra é a conhecida hoje contra um civil e, finalmente, há um caso que envolve um membro da MINUSCA cuja posição ainda é desconhecida, segundo um comunicado da missão de paz.

Em todos os casos, a ONU abriu uma investigação e está recolhendo provas e documentos para esclarecer o ocorrido.

“A MINUSCA condena nos piores termos qualquer caso de exploração ou abuso sexual cometido por pessoal da ONU na República Centro-Africana”, afirma a missão de paz na nota.

No início de junho, a ONU anunciou uma comissão independente para investigar denúncias na República Centro-Africana, por causa de supostos abusos sexuais a menores cometidos por militares franceses, que não estavam sob a bandeira das Nações Unidas, e de outros casos nos quais havia “boinas azuis” envolvidos.

As várias denúncias contra os soldados de paz levaram o chefe da missão da República Centro-Africana, Babacar Gaye, a renunciar em agosto a pedido do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

As tropas internacionais chegaram à República Centro-Africana para aplacar a guerra civil de 2013, com milhares de mortos, meses depois do golpe de Estado de março desse ano e pelo qual foi derrubado o presidente François Bozizé. EFE

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