Claro pede à CVM registro para abertura de capital
Rio de Janeiro, 7 ago (EFE).- A Claro, uma das subsidiárias no Brasil da mexicana América Móvil, pediu nesta quinta-feira inscrição inicial como companhia de capital aberto no país, condição imposta pelas autoridades para unificar suas operações com outras empresas do grupo.
A Claro Telecom Participações, grupo controlador da Claro, pediu à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) autorização para cotar na bolsa de valores de São Paulo como companhia de categoria A, informou a entidade reguladora.
A solicitação não prevê por enquanto uma oferta pública inicial de venda de ações, segundo o registro feito na CVM.
Há uma semana a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) condicionou a unificação das empresas controladas pela América Móvil (Telmex) no país à abertura do capital da companhia resultante.
O pedido da Claro de promover uma reestruturação societária que a permita incorporar em sua estrutura a NET e a Embratel foi aprovado na quinta-feira passada.
A Anatel, no entanto, exigiu como condição a abertura do capital de Claro para atender algumas exigências da legislação e elevar a transparência da companhia.
A legislação exige que companhias como a Embratel, que tem uma concessão do Estado para oferecer serviços de telefonia fixa, sejam de capital aberto.
A Claro, maior grupo da América Móvil no Brasil, é a terceira maior operadora de telefonia celular no país, a NET é líder no mercado de televisão por assinatura e acesso à internet por banda larga.
A Embratel era a operadora estatal de ligações de longa distância, e foi privatizada em 1998. Atualmente ela oferece serviços de telefonia fixa em várias regiões do país.
Apesar das três empresas operarem atualmente como parte do mesmo grupo e oferecem serviços conjuntos, utilizam marcas diferentes e estruturas operacionais separadas.
A possível unificação das companhias de telecomunicações com operadoras de televisão e internet só foi autorizada em 2011 para que estes grupos possam elevar a eficácia de suas operações e reduzir custos.
A Anatel já tinha autorizado este tipo de unificação para a Telefônica Brasil, grupo que opera com a bandeira da Vivo, que já é cotada em bolsa e oferece serviços de telecomunicações, internet e televisão por assinatura, e para a Sercomtel. EFE
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