Clérigos sunitas acusam forças iraquianas de executarem cem presos

  • Por Agencia EFE
  • 18/06/2014 13h32

Bagdá, 18 jun (EFE).- Os ulemás sunitas do Iraque acusaram as forças iraquianas de executarem cem presos em duas prisões das províncias de Ninawa (no norte do país) e Diyala (ao nordeste de Bagdá), segundo um comunicado divulgado nesta quarta-feira por fóruns jihadistas.

A Associação dos Ulemás do país assinalou que “as forças governamentais e as milícias sectárias cometeram a atrocidade de executar esses prisioneiros. E acusou em particular a polícia de Diyala de se coordenar para justiçar 50 réus na prisão da delegacia de Al Mefraq “aproveitando um ataque dos rebeldes” à Baquba, cidade na qual se desencadearam ontem novos combates.

Fontes de segurança contaram na terça-feira que pelo menos 52 presos morreram depois de uma bomba lançada pelos extremistas cair nessa delegacia, e justificaram que eles pretendiam libertar os detidos, mas teriam errado a manobra.

“As milícias de (Nouri) Maliki (primeiro-ministro iraquiano) não tiveram relação com esses delitos atrozes, como a invasão do Hospital Universitário de Baquba e o sequestro do único preso sobrevivente desse massacre para evitar que revelasse os fatos”, afirmaram os ulemás.

Por outro lado, garantiram que um dos oficiais do exército encarregado da vigilância da prisão de Tal Afar, em Ninawa, teria ordenado executar cerca de 50 detentos depois de os rebeldes sitiarem as tropas.

A associação pediu “moderação e não reciprocidade” aos rebeldes porque, ressaltou, estes crimes são passíveis de punição pelo direito internacional e só têm arrastam mais o país para dentro da luta sectária.

É complicado checar estas informações porque as autoridades iraquianas estão fazendo um ampla trabalho de propaganda desde o início do conflito, como também os insurgentes.EFE

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