Coalizão árabe bombardeia 2 quartéis dos houthis nos arredores de Sana

  • Por Agencia EFE
  • 26/07/2015 09h20

Sana, 26 jul (EFE).- A coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita bombardeou neste domingo dois quartéis em poder dos rebeldes houthis nos arredores da capital do Iêmen, Sana, horas antes da entrada em vigor de uma trégua humanitária unilateral.

Os aviões de combates da coalizão lançaram mais de dez ataques contra a base militar de Al Istiqbal, situada na região de Dalaa Hamedan, informaram Efe testemunhas à Agência Efe.

As explosões registradas neste quartel – usado pelos houthis para recrutar novos combatentes – e na base aérea vizinha de Al Gush foram escutadas em toda a cidade.

Até o momento, se desconhece se estes bombardeios causaram vítimas nas fileiras insurgentes.

Por sua parte, a Resistência Sulista, leal ao presidente iemenita Abdo Rabbo Mansour Hadi, anunciou também hoje a captura de dois importantes dirigentes houthis na cidade de Aden, entre eles o irmão do líder rebelde Abdelamalek al Houthi.

Segundo informou o grupo em seu conta no Twitter, seus combatentes fizeram Abdelkarim al Houthi (irmão do líder do movimento rebelde xiita) e Abu Yehia al Houthi de prisioneiros.

A Resistência Sulista não ofereceu mais detalhes da captura, enquanto os rebeldes houthis não se pronunciaram até agora sobre este fato.

Ontem, a coalizão anunciou uma trégua humanitária unilateral de cinco dias a partir das 23h59 (horário local, 17h59 de Brasília) de hoje, que responde a um pedido do presidente iemenita, refugiado em Riad.

Hadi solicitou ao rei saudita Salman bin Abdulaziz um novo cessar-fogo para facilitar a distribuição de ajuda humanitária e remédios.

A trégua anterior, aceita por rebeldes e autoridades iemenitas e apoiada pela ONU, começou no último dia 10 de julho e durou uma semana, mas foi violada por ambas partes e a situação no terreno para as organizações humanitárias continuou sendo muito complicada.

De fato, segundo a ONU, essa semana foi uma das mais violentas desde o início dos bombardeios da coalizão há quatro meses, período durante o qual morreram mais de 3.500 pessoas e outras 16.000 ficaram feridas. EFE

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