Coalizão árabe deixa houthis praticamente sem aviões e comunicação no Iêmen

  • Por Agencia EFE
  • 28/03/2015 17h12
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Riad, 28 mar (EFE).- O porta-voz da coalizão militar árabe que opera no Iêmen, o general saudita Ahmed al Asiri, afirmou neste sábado que o movimento xiita iemenita dos houthis já quase não possui aviões e centros de comunicações.

Em sua entrevista coletiva diária, o militar destacou “o sucesso” das operações militares em seus primeiros três dias, que tirou de atuação quase toda a força área da milícia xiita.

Al Asari informou que as capacidades militares dos houthis “se enfraquecem diariamente e por isso não poderão voltar a propagar o terror”. O general garantiu que os militares não permitirão o avanço dos rebeldes rumo à cidade litorânea de Áden.

Hoje, os aviões da coalizão liderada pela Arábia Saudita atacaram centros de comando e controle onde os líderes houthis se reúnem, além de depósitos de armas e munição.

“Os ataques são exatamente para evitar vítimas entre os civis, embora os houthis se deslocam entre as casas das pessoas e zonas residenciais para levar à coalizão a atacar esses lugares e deixar mortos”, condenou.

O porta-voz disse que os milicianos xiitas atacam as casas com bombas para fazer as pessoas acreditarem que são aviões da coalizão.

Ao ser perguntado sobre a possibilidade de lançar uma campanha militar por terra, Al Asari disse que “qualquer operação aérea, terrestre ou marítima deve ser primeiro avaliada e, se for requerida, será adotada no momento adequado”. Ele destacou que a coalizão conhece “muito bem” as capacidades militares dos houthis.

“Sabemos que eles têm depósitos de armas, por isso prosseguiremos com nossos trabalhos de inteligência para destruí-las”, acrescentou.

Mesmo em meio ao caos vivido no país, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) informou hoje em nota que, por enquanto, mantém suas operações no Iêmen apesar dos bombardeios e da difícil situação de segurança.

A organização possui no Iêmen “um pequeno número de pessoal internacional” e mais de 100 funcionários locais. De acordo com o texto, eles estão fornecendo água, produtos de higiene pessoal e atendimento médico a centenas de famílias.

Mesmo assim, hoje foram retirados do país o enviado especial da ONU, Jamal Benomar, e mais de 300 pessoas, entre funcionários do organismo internacional, voluntários, representantes de empresas internacionais e suas famílias.

A Arábia Saudita, à frente de uma coalizão composta, entre outros, pelo Kuwait, Catar, Emirados, Egito e Jordânia, lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva com o objetivo de frear o avanço das milícias xiitas, que assediam o presidente iemenita, Abdo Rabbo Mansour Hadi, na cidade Áden. EFE

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