Coalizão de 17 estados apresenta ação contra medidas migratórias de Obama

Austin (EUA), 3 dez (EFE).- Uma coalizão de 17 estados liderada pelo Texas apresentou nesta quarta-feira uma ação contra as medidas executivas sobre imigração anunciadas em novembro pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pelas quais se regulariza temporariamente cerca de cinco milhões de imigrantes ilegais.

O anúncio foi feito pelo procurador-geral do Texas e governador eleito, Greg Abbott, que entrou com o requerimento em um tribunal federal por considerar que Obama ultrapassou seus poderes.

“O presidente está renunciando a sua responsabilidade de fazer cumprir fielmente as leis que foram devidamente promulgadas pelo Congresso e está tentando reescrever as leis de imigração, o que não tem autoridade para fazer”, disse Abbott em entrevista coletiva.

Os estados que acompanham o Texas no requerimento são Alabama, Geórgia, Idaho, Indiana, Kansas, Louisiana, Maine, Mississipi, Montana, Nebraska, Carolina do Norte, Carolina do Sul, Dakota do Sul, Utah, Virgínia do Leste e Wisconsin.

Trata-se da segunda ação de peso contra as medidas promovidas por Obama, após a anunciada pelo polêmico xerife do Condado de Maricopa (Arizona), Joe Arpaio, conhecido por sua linha dura contra os imigrantes ilegais.

Por sua parte, o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, pediu na terça-feira a seus companheiros que aprovem um orçamento que financie o Departamento de Segurança Nacional (DHS), o encarregado de executar ditas medidas migratórias, somente até março de 2015, quando está prevista a entrada em vigor das ordens de Obama.

A ação de Abbott, que no dia 20 de janeiro assumirá como novo governador do Texas, é a 31ª apresentada contra Obama desde que o democrata chegou à Casa Branca em 2009.

Tanto ele como o atual governador, Rick Perry, potencial candidato à presidência em 2016, alertaram que estas medidas executivas, longe de beneficiar à nação, provocarão mais “imigração ilegal” e mais insegurança na fronteira.

Obama anunciou no último dia 20 de novembro um pacote de medidas unilaterais para regularizar mais de cinco milhões de imigrantes ilegais, a maioria pais com filhos que são cidadãos ou têm residência permanente no país. EFE