Coalizão internacional que bombardeia EI completa 1 ano causando 3.550 mortes
Beirute, 23 set (EFE).- Pelo menos 3.550 pessoas morreram e centenas ficaram feridas na Síria desde o início, há exatamente um ano nesta quarta-feira, dos bombardeios da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI), segundo os dados do Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Dessas vítimas, 225 eram civis sírios, 65 menores de idade e 40 mulheres, que morreram nos ataques da coalizão em diferentes províncias do norte da Síria.
O maior número de vítimas civis foi registrado entre 30 de abril e 1º de maio na cidade de Bir Mahali, no norte de Aleppo, onde pelo menos 64 sírios morreram em uma operação da aliança internacional.
O EI, por sua vez, sofreu pelo menos 3.178 baixas, a maioria de combatentes estrangeiros, pelos bombardeios contra seus quartéis e abrigos de seus membros nas províncias de Hama e Homs, no centro; e de Al Hasaka, Al Raqqa e Deir ez Zor, no nordeste.
Alguns importantes dirigentes morreram desde o começo da ofensiva, entre eles Abu Osama al-Amriky e Amre al Rafidan.
Amriky era o “governador” do EI da “província de Al Baraka”, que ocupa parte de Al Hasaka, já que os radicais impuseram suas próprias divisões administrativas nas áreas que dominam no Iraque e na Síria.
Já Rafidan era o ex-governador da “província de Al Khair”, que abrange áreas de Deir ez Zor.
Os ataques da coalizão não foram só contra o EI, mas também contra a Frente al Nusra, filial síria da Al Qaeda, que perdeu 136 combatentes em bombardeios contra seus quartéis no oeste de Aleppo e no norte de Idlib, e também líderes, como o chefe militar Abu Haman al Suri.
A estes mortos se soman dez integrantes do exército da Sunna, uma organização rebelde síria que colabora com a Frente al Nusra em Idlib, e um miliciano de uma brigada islâmica que estava retido em um quartel do EI que foi alvo de um ataque da coalizão na província de Al Raqqa.
À parte dos mortos, o Observatório destacou que a campanha da coalizão deixou centenas de feridos, a maioria membros do EI.
A ONG lembrou que os bombardeios da coalizão desde o começo foram diários no território sírio, na madrugada de 23 de setembro do ano passado.
Com essas operações, a aliança apoiou as Unidades de Proteção do Povo, milícias curdo-sírias, que conseguiram tomar do EI o controle do enclave de Kobani e de sua periferia, além de Ain Aisa, Al Sharkarak, Tel Abiad, Suluk, Ras al Ain, Alia Mabruk, Tel Tamr e Jabal Abdelaziz, entre outras áreas.
No total, os jihadistas perderam 15 mil quilômetros quadrados de território, que se estende desde as áreas que controlavam no nordeste de Aleppo até o nordeste de Al Hasaka.
A coalizão não só apoiou as Unidades de Proteção do Povo, mas também grupos de tendência islâmica que lutaram contra o EI no norte de Aleppo e os rebeldes treinados pelos EUA quando foram alvos de ataques da Frente al Nusra mês passado.
O EI proclamou no final de junho de 2014 um califado na Síria e no Iraque. EFE
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