Cobertores, tendas e “corações aquecidos” para superar chuva à espera do papa

  • Por Agencia EFE
  • 07/07/2015 03h05

Quito, 7 jul (EFE).- Com cobertores, tendas e “corações aquecidos” para superar o frio e a chuva, dezenas de milhares fiéis já aguardam desde a noite de segunda-feira a chegada do papa Francisco ao Parque Bicentenário de Quito, onde o pontífice celebra nesta terça-feira a segunda grande missa de sua visita ao Equador.

“Vamos suportar porque Cristo passou por muito mais do que isso. Para nós, isso é muito pouco”, disse à Agência Efe Rosiel Moreira, agente de pastoral da paróquia Cristo Salvador, de Pichilata, na cidade de Ambato, que chegou junto a uma centena de fiéis para ver o “santo papa”, como se referiu a Francisco.

Os seguidores do pontífice, muitos deles vindos de outras províncias equatorianas e até mesmo do Peru e da Colômbia, se espalharam pelo parque depois das 17h locais de ontem (19h em Brasília) quando os acessos foram abertos.

Porém, sua chegada coincidiu com uma forte chuva que esfriou a tarde, mas não o entusiasmo das pessoas.

Enquanto se instalava com seu grupo sobre o gramado molhado, Rosiel comentou a importância da visita papal em um momento tão importante para o Equador.

“Penso que só a presença dele vai servir para diminuir as tensões, para que tudo se acalme e o país siga adiante, como estava caminhando até agora”, destacou.

O Equador viveu até às vésperas da chegada do papa um mês de manifestações contrárias a vários projetos do Legislativo, que tinham como objetivo elevar os impostos sobre as heranças.

Grupos de fiéis e voluntários iam tomando posições para montar suas tendas, dispostos a enfrentar uma noite de vigília que durará até às 5h locais de terça-feira (7h em Brasília), quando será rezado o rosário, preâmbulo da missa.

Receber o público, guiar as pessoas pelo parque e dar-lhes um tratamento amável é a missão dos voluntários, que buscam no evento papal um novo fôlego para sua vida interior.

“Vivi há 30 anos a visita de São João Paulo II. É uma lembrança que ficou para toda minha vida”, disse Diego Daza, líder de uma equipe de 25 voluntários que espera reviver a experiência com Francisco.

Cris Ramos, uma estudante universitária de Quito, não escondia seu entusiasmo por participar dessa “festa católica”. Para ela, a presença de Francisco é “uma experiência única” e um presente pelo qual agradecerá a Deus.

“Quando ele chegou a Quito, meu coração queria sair do peito”, comentou a estudantes.

Como Cris, milhares de pessoas consideram como um marco histórico a missa que assistirão nesta terça-feira, um evento pelo qual acham que vale a pena suportar o frio e a chuva para dar boas-vindas ao primeiro papa latino-americano. EFE

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