Codelco, maior produtora de cobre do mundo, descarta crise financeira
Santiago do Chile, 21 jul (EFE).- O presidente da Codelco Chile, maior produtora de cobre do mundo, Oscar Landerretche, garantiu nesta segunda-feira que a corporação estatal não enfrenta uma crise financeira, mas afirmou que neste momento ela precisa de uma grande quantidade de recursos para realizar investimentos.
“De nenhuma maneira há uma avaliação negativa da situação financeira da companhia. Olhada objetivamente a situação de dívida da companhia não é crítica”, afirmou Landerretche em entrevista a rádio “DNA”.
No entanto, o diretor ressaltou que a estatal deve assumir importantes desafios, como a reconversão de alguns de suas grandes jazidas de cobre para garantir a continuidade das operações, o que exigirá grandes investimentos.
“O que é certo é que nos próximos anos a Codelco enfrentará uma quantidade de desafios enormes, com um grande investimento, e esses desafios implicam financiamento”, afirmou.
A corporação, que repassa todo seu lucro ao fisco chileno, definiu um plano de investimentos no médio prazo que implica US$ 5 bilhões anuais.
No entanto, em 2014 só recebeu uma contribuição direta do Estado de US$ 200 milhões, o que a levou a recorrer a novas emissões de bônus no mercado internacional para levantar capital.
Landerretche ressaltou a diferença que existe entre os reinvestimento de lucro feito por suas grandes concorrentes em nível mundial, que ultrapassaria os 50%, enquanto a Codelco, em um prazo de dez anos, tem destinado só 10% dos lucros.
Em termos de competitividade, sustentou que a empresa continuará com seu plano de redução de custos, que já deu alguns frutos no ano de 2013.
“Codelco está entre as companhias mineradoras que conseguiu reduzir custos”, ressaltou Landerretche.
Sobre a designação do novo presidente-executivo da empresa, cargo deixado vago em meados de junho por Thomas Keller, assinalou que um novo nome será divulgado nas próximas duas semanas, assim que o diretório definir qual dos candidatos que se apresentaram ao concurso público se adequa melhor ao perfil do cargo. EFE
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