Collor é absolvido de acusações que o levaram ao impeachment
Brasília, 24 abr (EFE).- O ex-presidente e atual senador Fernando Collor de Mello foi absolvido nesta quinta-feira pelo Supremo Tribunal Federal das acusações de desvio, falsidade documentário e corrupção passiva por crimes que teriam sido cometidos em 1991 e 1992 em um escândalo que o levou ao impeachment.
Os ministros seguiram o voto da relatora, a ministra Carmem Lúcia, que o absolveu pela “absoluta falta de provas”, embora dois deles esclareceram que o faziam porque os crimes já haviam prescrito.
“As acusações são frágeis e tornam impossível uma condenação, que deveria se apoiar em “certezas e não em meras probabilidades”, afirmou Antunes ao fazer sua exposição sobre o caso.
Collor foi eleito presidente do Brasil em 1989, ao derrotar Inácio Lula da Silva nas primeiras eleições diretas no Brasil depois da ditadura militar (1964-1985).
Ele assumiu o poder em março de 1990, mas em outubro de 1992 se viu obrigado a renunciar, quando o Congresso se preparava para votar sua cassação depois da investigação de um escândalo de corrupção.
O Congresso suspendeu seus direitos políticos por oito anos, apesar de em 1994 ter sido absolvido também pelo STF das primeiras acusações de corrupção, relacionadas à arrecadação de fundos para a campanha.
Collor voltou à política em 2002, quando se candidatou, e perdeu, ao governo de seu estado natal, Alagoas.
Quatro anos mais tarde foi eleito senador e desde então ocupa uma cadeira pelo PTB, partido ao qual se filiou em 2008. EFE
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