Collor “repudia” operação policial em suas casas e escritórios
Brasília, 14 jul (EFE).- A defesa do senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello, cujos imóveis e escritórios foram alvo nesta terça-feira de batidas da Policia Federal relacionadas com a Operação Lava-Jato, repudiou com “veemência” essa operação e afirmou que a mesma serve para “alimentar o clima de terror e perseguição” e “intimidar futuras testemunhas”.
As residências do senador em Brasília e em Alagoas, assim como seus escritórios no parlamento e os de algumas empresas que pertencem a sua família, foram revistadas pela Polícia Federal que, segundo informações preliminares, apreendeu diversos documentos.
A operação policial também esteve voltada contra outros políticos suspeitos de participar da rede de corrupção na Petrobras.
Segundo a nota divulgada pelos advogados de Collor, as operações policiais são “invasivas, arbitrárias e flagrantemente desnecessárias”, pois a investigação sobre a Petrobras começou há mais de um ano e o ex-presidente “jamais foi sequer chamado a prestar esclarecimentos”, apesar de ter se oferecido para fazê-lo.
“Medidas dessa ordem buscam apenas constranger o destinatário, alimentar o clima de terror e perseguição e, com isso, intimidar futuras testemunhas”, diz o texto da defesa do ex-presidente.
Também foram alvos das operações realizadas hoje o senador Ciro Nogueira e o deputado Eduardo da Fonte, assim como o ex-ministro das Cidades Mário Negromonte, todos do Partido Progressista (PP).
Além disso, foram feitas buscas nos escritórios do senador e ex-ministro da Integração Fernando Bezerra Coelho, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), que está na oposição desde o fim de 2013.
Em todos os casos, são dirigentes incluídos em uma lista com mais de 50 políticos investigados pela Operação Lava-Jato. EFE
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