Colômbia cria supercomputador que analisa genoma de bactéria em tempo recorde

  • Por Agencia EFE
  • 09/05/2014 12h33

Manizales (Colômbia), 9 mai (EFE).- Um grupo de pesquisadores colombianos, em busca de avanços no campo da biotecnologia, criou um “supercomputador” que conta com uma potência similar a 10 mil computadores interligados, cuja primeira conquista foi a analise do genoma de uma bactéria em tempo recorde.

Esta máquina, que se encontra no Centro de Bioinformática e Biologia Computacional (Bios) da cidade de Manizales, foi idealizada pelo Ministério de Tecnologias da Informação e das Comunicações, o Departamento Administrativo de Ciência, Tecnologia e Inovação e em parceria com as empresas Microsoft e Hewlett-Packard.

“Bios tem o computador mais poderoso da Colômbia para a análise de dados científicos e, por isso, se trata de um espaço que, por suas características, é único na América Latina”, explicou à “Colômbia.inn”, agência operada pela Efe, o diretor-geral da entidade, Mauricio Rodríguez.

Entre os avanços obtidos pelos 30 engenheiros e biólogos que fazem a maquina funcionar está “o de ter analisado em apenas 15 minutos o genoma de uma bactéria, tarefa que antes podia demorar cerca de 20 dias”, ressaltou Rodríguez.

Neste aspecto, o objetivo é impulsionar a pesquisa na área da biotecnologia para que empresas, universidades e centros especializados contem com uma ferramenta eficaz e rápida para melhorar sua produtividade e competitividade.

“Pensamos em gerar informações que possam ser aplicadas na elaboração de projetos de políticas governamentais em áreas como saúde, biodiversidade, agronomia e mudança climática, além economizar recursos tanto econômicos como humanos ao centralizar a análise de dados em grande escala”, acrescentou.

Com um investimento inicial de quase US$ 2,5 milhões, o Bios criou este “supercomputador” em junho de 2013 e, com menos de 10% de sua arquitetura instalada, possui uma potência de 10 mil processadores, 3.5 terabytes de ram e uma capacidade de armazenamento de 288.768 gigabytes.

Isto, segundo Rodríguez, “permite acelerar os processos que antes demoravam meses, tendo em vista que um aparelho tradicional, desses que se compra em qualquer loja, tem na média só quatro gigas de ram, 260 gigas de armazenamento em disco rígido e entre 2 e 4 núcleos de processamento”.

Segundo Rodríguez, o Bios conta “com um orçamento de US$ 10 milhões para os próximos três anos”. EFE

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