Com crise grega e imigração em pauta, líderes dão início à cúpula europeia

Bruxelas, 25 jun (EFE).- Líderes da União Europeia (UE) iniciaram nesta quinta-feira a cúpula sobre imigração e segurança da região, apesar de a difícil situação das negociações com a Grécia e a falta de acordo no Eurogrupo terem se tornado o centro da reunião.

Eles debaterão a proposta da Comissão Europeia (CE) para a repartição obrigatória entre os países dos pedidos de asilo, com o objetivo de ajudar Itália e Grécia a enfrentar a pressão sofrida pela crescente chegada de imigrantes pelo mar Mediterrâneo.

A CE propôs repartir 40 mil imigrantes que solicitaram asilo entre o resto dos países-membros da UE através de um sistema de cotas obrigatórias que leva em consideração quatro critérios: o Produto Interno Bruto (PIB), a população, os esforços realizados e a taxa de desemprego.

Participam também da reunião do Conselho Europeu, presidida por Donald Tusk, os presidentes do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, da Comissão Europeia (CE), Jean-Claude Juncker, e do parlamento Europeu, Martin Schulz.

Sobre a crise grega, a reunião dos ministros de Economia e Finanças da zona do euro prévio ao início da cúpula terminou sem acordo. Eles voltam a se reunir no sábado, indicaram à Agência Efe fontes diplomáticas da UE.

Na sua chegada para a cúpula, o primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, se mostrou confiante em que seu país poderá chegar a um acordo com seus credores, apesar das recentes negociações.

Por outro lado, o ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, afirmou que chegou o momento para a Grécia tomar decisões e dizer ao povo “o que está em jogo”. Ele afirmou que as diferentes entre as partes são agora “ainda maiores” porque Atenas “recuou”.

Já o presidente Juncker afirmou que a Grécia e os credores não estão em um momento para firmar um acordo, mas garantiu que está trabalhando “cada segundo” para que o projeto europeu não fracasse e para que haja uma solução compatível para os envolvidos. EFE

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