Com déficit de US$ 91 bilhões, Brasil tem pior registro de transações correntes desde 2001

  • Por Agência Brasil
  • 23/01/2015 11h59
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Marcos Santos/ Usp Imagens Dinheiro e finanças

O saldo das compras e vendas de mercadorias e serviços do Brasil com o resto do mundo – as chamadas transações correntes –  registrou déficit de US$ 90,948 bilhões em 2014. Segundo dados do Banco Central (BC), que divulgou os valores nesta sexta-feira (23), esse é maior déficit desde 2001. Até então, 2013 registrava o pior desempenho das transações correntes com US$ 81,108 bilhões a mais de importações em relação às exportações.

O déficit equivale a 4,17% do Produto Interno Bruto (PIB), soma dos bens e serviços produzidos em um país. Outros índices também aumentam o descredito com a economia brasileira. Em dezembro, por exemplo, o resultado das transações correntes ficou US$ 10,317 bilhões negativado, também o maior já registrado para o mês em anos.

A conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos e seguros) teve déficit de US$ 48,667 bilhões, valor superior aos US$ 47 bilhões contabilizados em 2013.

Na conta específica de viagens internacionais, os números indicam que os brasileiros gastaram mais lá fora do que estrangeiros em território nacional, apesar da realização da Copa do Mundo. Neste setor, o déficit foi de US$ 18,695 bilhões, também recorde histórico. Os brasileiros gastaram US$ 25,608 bilhões no exterior, enquanto os turistas aportaram US$ 6,914 bilhões.

O saldo comercial (diferença entre exportações e importações) ficou negativo em US$ 3,930 bilhões em 2014. Na conta de rendas (remessa de lucros e dividendos, pagamento de juros e salários), houve déficit de US$ 40,3 bilhões no período.

O ingresso líquido de transferências unilaterais correntes (doações e remessas de dólares que o país faz para o exterior ou recebe de outros países, sem contrapartida de serviços ou bens) chegou a US$ 1,9 bilhão no ano, redução de 42,9% na comparação com 2013.

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