Com demissão de 6 mil trabalhadores, nível de emprego cai em julho, diz Fiesp

  • Por Estadão Conteúdo
  • 16/08/2016 12h23
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O governador Geraldo Alckmin durante a entrega das obras de ampliação e modernização do PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador) da Estação Brás do Metrô e CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Data: 13/01/2015. Local: São Paulo/SP. Foto: Edson Lopes Jr/A2AD Edson Lopes Jr/A2AD emprego

A indústria paulista demitiu 6 mil trabalhadores em julho na comparação com junho, uma queda de 0,26% na série sem ajuste sazonal, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira, 16, pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp). Com ajuste sazonal, a queda foi de 0,15%. No acumulado de janeiro a julho, as demissões somam 63 mil.

Segundo o diretor titular do Depecon, Paulo Francini, é possível afirmar que o ritmo da queda do nível de emprego está menor e a tendência é de estabilidade. “Teremos ainda algumas quedas, mas em menor dimensão do que há seis ou oito meses, mas podemos dizer que está se estabilizando”. Mesmo assim, ele mantém a previsão de que 2016 deve terminar com 165 mil vagas a menos, após o fechamento de 235,5 mil postos em 2015. “Tivemos um início de ano muito ruim, e como há uma perda grande sempre acontece em dezembro, isso é inexorável”.

Dos 22 setores que integram a pesquisa, 15 (68%) registraram queda do nível de emprego, com destaque para Produtos de Metal, exceto máquinas e equipamentos (-1.077 postos); Informática, produtos eletrônicos e ópticos (-883 postos) e Confecção de artigos do vestuário e acessórios (-750). Um setor ficou estável e seis obtiveram variação positiva. Os maiores ganhos foram em Produtos diversos (+813 vagas), Produtos de borracha e de material plástico (+695) e Couro e calçados (+280).

Na divisão geográfica, das 36 regiões consideradas no levantamento, 25 tiveram variação negativa no nível de emprego em julho, com destaque para Santos (-2,40%). Nove registraram aumento de vagas (em Marília a alta foi de 1,41%) e duas ficaram estáveis (Jundiaí e Rio Claro).

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