Com juros mais altos, economistas veem futuro ainda mais difícil
Mesmo com PIB fraco, o Banco Central acelera ritmo e sobe taxa básica de juros para 11,75% ao ano. O Copom acelerou o ritmo de alta e subiu a Selic em 0,5 ponto percentual; em outubro, os juros tinham avançado menos: 0,25%.
Anunciada nesta quarta-feira, a elevação é a segunda seguida da taxa básica, que está no maior patamar em três anos. O analista econômico Luis Gustavo Pereira ressaltou os motivos que levaram o Banco Central a elevação maior dos juros.
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O economista da Confederação Nacional do Comércio, Fábio Bentes, apontou ainda a possibilidade de alta do dólar no próximo ano. De acordo com ele, o cenário para 2015 ainda é de desempenho baixo para o setor e de juros elevados.
O vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Miguel Ribeiro de Oliveira, lembrou que os juros altos vão inibir ainda mais o consumo. Em entrevista a Denise Campos de Toledo, Oliveira explicou o impacto do aumento da Selic no crediário.
O economista José Valter Martins de Almeida avalia que, elevando a Selic a 0,5 ponto percentual, o Banco Central sinaliza para uma recessão. Ele acredita que a situação econômica não será das melhores daqui em diante porque todas as taxas já estão bastante elevadas.
Ontem, o Comitê de Política Monetária do Banco Central elevou a taxa básica de juros de 11,25% para 11,75% ao ano. O Copom indicou ainda que a Selic deverá continuar subindo no futuro, mas que isso poderá acontecer de forma menos intensa, com “parcimônia”.
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