Com menor investimento, Parada do Orgulho LGBT cobra mais diálogo dos órgãos públicos

  • Por Jovem Pan
  • 07/06/2015 13h17
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O colorido e a animação tomam conta da Av. Paulista Folhapress Sem preconceito! Confira imagens da Parada do Orgulho LGBT

Representantes da 19ª edição da Parada do Orgulho LGBT cobraram mais diálogo e investimento para realização do evento em uma coletiva realizada na manhã deste domingo (07) na sede da Federação do Comércio de São Paulo.

Neste ano, foram destinados R$ 1,3 milhão, um valor menor comparado ao ano passado, quando foram investidos R$ 2 milhões. O prefeito Fernando Haddad esteve na coletiva e se posicionou em relação ao suposto prejuízo ao evento.

Segundo ele, não houve qualquer prejuízo, apenas mudanças na organização do camarote e da feira. O presidente da associação da Parada LGBT, Fernando Quaresma, também disse que não houve prejuízos, apenas dificuldades na organização de alguns espaços.

Em relação a criação de mais espaço e centros para o movimento, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, lembrou que já está tombado o casarão localizado na Avenida Paulista, onde será aberto um centro cultural para a comunidade LGBT. No entanto, ainda não foi estipulada uma data para a abertura do espaço.

Para o restante do ano de 2015, a Prefeitura de SP disse que já está garantido um gasto total de R$ 3,4 milhões para a comunidade LGBT.

Em relação às cobranças por mais diálogo, Fernando Haddad afirmou que, a partir de agora, serão realizadas audiências públicas com a participação de participantes da Parada Gay para discutir a realização do evento na cidade.

Outro ponto que foi levantado foi a revisão do termo de ajuste de conduta. Os participantes da Parada criticaram a expressão usada neste termo, que fala que os participantes são “promotores”. Eles reivindicam a mudança para “manifestantes sociais”.

Ativistas que também estiveram na coletiva também cobraram o Estado em relação ao avanço das investigações sobre a agressão a um travesti no 2º DP do Bom Retiro. O caso ocorreu em abril deste ano.

Na coletiva foram apresentados dados sobre a violência contra o movimento LGBT. Segundo um grupo da Bahia que registra tais casos, foram mais de 58 mortes de pessoas ligadas ao movimento. Em 2014, foram 326 mortes, um número que representa um aumento de 4% em relação a 2013, quando foram registradas 313 mortes. Ainda de acordo com os dados apresentados, São Paulo e Minas Gerais, são considerados as regiões mais violtentas para a comunidade LGBT.

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