Com menos de 50% da apuração completa, Morales mantém vantagem em eleição

  • Por Agencia EFE
  • 14/10/2014 11h54

La Paz, 14 out (EFE).- O presidente da Bolívia, Evo Morales, se mantém como vencedor das eleições no país com 53,96% dos votos na apuração realizada pelo Tribunal Supremo Eleitoral (TSE), que ainda não contou nem metade da votação total ocorrida no domingo, segundo o portal do órgão na internet.

Após apurar 45,71% da votação, o TSE informa que Morales soma mais de 1,2 milhões de votos. O empresário Samuel Doria Medina, seu adversário melhor colocado, acumula 706.505 votos (30,21%).

Atrás estão o ex-presidente Jorge Quiroga com 11,32% dos votos, o ex-prefeito de La Paz Juan del Granado (2,43%) e o líder indígena Fernando Vargas (2,08%). Até o momento foram computadas 12.525 atas de um total de 27.403.

Os dados da apuração começaram a ser publicados na tarde de segunda-feira na Bolívia, após um silêncio de mais de 24 horas depois do fim da votação devido a problemas técnicos e a uma suposta ameaça de hackers contra o sistema do TSE.

Sem contar com dados oficiais, o governo, a oposição e a imprensa haviam dado como válidos os resultados das pesquisas de boca de urna divulgados no domingo pela imprensa, que informaram um apoio de aproximadamente 60% a Morales.

A observação eleitoral enviada à Bolívia pela Organização dos Estados Americanos (OEA), liderada pelo ex-presidente da Guatemala Álvaro Colom, considerou na segunda-feira em seu relatório que “não é conveniente que se tirem todas as conclusões a partir das pesquisas” de boca de urna como ocorreu na Bolívia.

O órgão também classificou como “extremamente lento” o processo oficial de apuração, transmissão e divulgação de atas eleitorais e recomendou o desenvolvimento de um sistema “eficaz” de transmissão e divulgação de resultados preliminares.

Morales agradeceu nesta terça-feira as recomendações do órgão de observação eleitoral e afirmou que não tentou coagir os funcionários do TSE para trabalharem a seu favor, como já foi acusado várias vezes pela oposição. EFE

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