Com mudança de postura, Giannetti crê em melhora econômica em 2015

  • Por Jovem Pan
  • 24/10/2014 14h13

Roberto Giannetti Carlos Aros/Jovem Pan Roberto Giannetti foi o convidado do Jornal da Manhã desta sexta

Eduardo Giannetti da Fonseca, economista brasileiro conceituado e assessor econômico da candidata Marina Silva, foi o convidado do Jornal da Manhã desta sexta-feira. (Confira o perfil de Giannetti)

Economia

Sobre a manutenção da política econômica atual e as perspectivas de mudanças pré-eleição, Giannetti disse: “Nós viveremos uma grande crise financeira se o Governo insistir nesse caminho”.

Ele considera, entretanto, que há que se “dar o benefício da dúvida”.

Por outro lado, um eventual governo Aécio contaria com o chamado “choque de confiança”, por causa da respeitabilidade da equipe econômica anunciada no Brasil e fora.

Para exemplificar as dificuldades econômicas brasileiras atuais, Giannetti cita a “situação de inflação comodamente acomodada no teto”.

Apesar de todos os desaios, é otimista em relação ao futuro. “Eu acho que é possível terminar 2015 com a economia reagindo.”

E lembra dois casos históricos em que a economia brasileira reagiu: “no primeiro ano do segundo mandato do Fernando Henrique, quando houve uma forte crise cambial” e no primeiro ano de Lula. “Com muita seriedade e com muita competência, eles (equipe de Lula) conseguiram reverter o jogo, com a inflação no centro da meta e o crescimento em mais de 3%”.

“Dá para fazer isso em 2015”.

Mobilidade

Giannetti falou sobre as ciclovias na cidade de São Paulo. “A mobilidade urbana é um dos grandes problemas da vida brasileira; as pessoas sacrificam anos de sua vida útil no trânsito.”

O economista diz ser a favor da ciclovia, mas acha que não pode atrapalhar quem usa outros meios de transporte.

“Está faltando um trabalho mais sério de avaliar um programa tão extenso como esse”, afirmou.

Giannetti lembra também que “no Governo Federal houve uma opção de estímulo ao automável como estímulo de isenção tributária, de estímulo à gasolina”. “E não se fez um planejamento”.

“O carro, que era para ser um símbolo da liberdade individual passou a ser um cárcere privado”, decreta. “Nós fizemos uma aposta injustificada num modelo de transportes”.

Denúncias de corrupção

Sobre o caso do “petrolão” e as denúncias de corrupção da Petrobras reveladas em mais um vazamento do depoimento de delação premiada de Alberto Youssef.

Giannetti considera péssimo para o País iniciar 2015 com “essa bomba explodindo no início do mandato”.

“O capital político do presidente recém-eleito vai ser paralisado porque o País vai ser consumido por esse megaescândalo”, projeta.”O Congresso se dedicaria exclusivamente ao caso”.

Denise Campos de Toledo concorda que essa é uma questão de governabilidade.

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