Com surto de H1N1, São Paulo antecipará campanha de vacinação, diz David Uip
Com um surto de H1N1, tipo mais grave de gripe, o Estado de São Paulo firmou acordo com o Ministério da Saúde na noite desta segunda-feira (28) para antecipar a campanha de vacinação.
Em entrevista exclusiva à repórter Izilda Alves, o secretário estadual de Saúde, David Uip, declarou ter tido uma reunião com o ministro Marcelo Castro para antecipar a vinda das vacinas para SP. “O ministro antecipou em mais de um mês, o que atende as necessidades e o pedido do Estado de São Paulo”, disse.
Ao todo, mais de 12 milhões de doses da vacina chegarão ao Estado que é um dos que mais sofrem com o surto de H1N1. O primeiro lote chegará no dia 1º de abril com 3,183 milhões de doses. O segundo lote chega no dia 08 com 2,546 milhões de vacinas, já o terceiro e último lote contará com 6,366 doses.
“Isso é praticamente 95% do que São paulo precisa e tem direito”, pontuou David Uip. “O Instituto Butantã tinha as doses envasadas e esse acordo é extremamente importante porque vamos nos antecipar à semelhança do que aconteceu com o processo viral”, completou.
A vacina protege contra os vírus Influenza A e B, especialmente o H1N1, que é o principal causador da síndrome respiratória aguda, a forma mais grave da doença.
Mais cedo, o secretário municipal de Saúde, Alexandre Padilha (PT) afirmou à repórter Renata Perobelli que, apesar do número de mortes por doenças respiratórias infecciosas graves ser menor em relação ao ano passado, a presença do H1N1 é maior.
“Comparamos este ano com o ano anterior. Por doenças respiratórias infecciosas graves tivemos 17 óbitos contra 20 no ano passado. Mas quando pegar o número de pessoas que foram à óbito por doenças respiratórias infecciosas graves é menor. Mas o que temos este ano é uma presença maior de H1N1 entre as causas destas. Tivemos oito óbitos [na cidade de SP]”, explicou Padilha.
Segundo o secretário, o que chamou a atenção foi o período do ano em que o surto teve início, já que ele é mais comum durante o inverno. “Certamente isso está relacionado a pessoas que circularam entre novembro e janeiro no hemisfério norte e trouxeram o vírus H1N1 para o nosso meio”, declarou.
Ao todo, segundo o Ministério da Saúde, o H1N1 já atingiu 11 Estados e o Distrito Federal, totalizando 305 casos no país até 19 de março.
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