Comando militar ucraniano acusa rebeldes pró-Rússia de violar trégua
Kiev, 17 mar (EFE).- O comando militar ucraniano denunciou nesta terça-feira novas violações do cessar-fogo por parte das milícias separatistas pró-Rússia, acusadas de atacar ontem em 30 ocasiões as posições das forças governamentais no leste da Ucrânia.
Os principais ataques, com emprego de artilharia, foram efetuados contra a cidade de Avdeevka, na periferia norte de Donetsk, o principal reduto dos separatistas, segundo um comunicado divulgado pelo Facebook.
De acordo com o comando ucraniano, as milícias separatistas atacaram em quatro ocasiões a localidade de Shirokino, no sul da região de Donetsk, onde se encontra a primeira linha defensiva de Mariupol, cidade de meio milhão de habitantes e leal a Kiev.
O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, pediu ontem alerta máximo ao exército, ressaltando que a tensão bélica com as milícias separatistas permanece no leste do país.
“O Ministério da Defesa e o Estado-Maior devem pôr em alerta máximo as Forças Armadas da Ucrânia”, disse Yatseniuk durante uma reunião de governo.
O primeiro-ministro pediu para o Ministério do Interior e forças de segurança “combaterem o terrorismo e perseguirem todos aqueles que atentam contra a vida dos ucranianos e a independência da Ucrânia”.
Recentemente, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, disse que Kiev segue reforçando seu poderio militar e que espera receber em breve armamento letal e não letal de seus sócios ocidentais.
Com a exceção de alguns combates isolados, ambos os lados respeitam o cessar-fogo que entrou em vigor em 15 de fevereiro e efetuam a retirada de armamento pesado da linha de separação de forças.
Teoricamente, a implementação do acordo de paz de Minsk já se encontra em sua fase política e o parlamento ucraniano deve aprovar nesta semana uma lei de autogoverno para as zonas sob controle rebelde nas regiões de Donetsk e Lugansk.
Mais de seis mil pessoas, entre combatentes e civis, morreram no leste da Ucrânia nos onze meses que já dura o conflito, segundo o último relatório da ONU. EFE
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