Combates em Benghazi deixam 7 milicianos leais ao governo reconhecido mortos

  • Por Agencia EFE
  • 23/03/2015 09h15

Trípoli, 23 mar (EFE).- Pelo menos sete milicianos leais ao governo internacionalmente reconhecido em Tobruk, na Líbia, morreram em combates em Benghazi contra milícias islamitas afins ao governo rebelde (em Trípoli) e que defendem a cidade, informaram nesta segunda-feira à Agência Efe fontes de Segurança.

Os sete soldados morreram durante uma tentativa de ataque das forças sob o comando do general Khalifa Hafter -chefe do exército de Tobruk- contra os bairros de Abu Hadima e Al Laiti, ocupados pelas milícias islamitas Maylis al Shura e Zuar Benghazi.

Benghazi é cenário de intensos combates que empobreceram a população desde que em maio Hafter iniciou uma ofensiva com carros de combate, artilharia pesada e aviação do exército regular líbio para tomar a cidade dos rebeldes leais a Trípoli.

Os combates, quase diários, aumentaram ontem à noite em bairros do oeste da cidade, como Qar Yunis e Um Mabruqa, mas nenhum dos dois grupos conseguiu avanços substanciais.

Nos últimos dias, também estão ocorrendo combates em Trípoli, onde Hafter e seus aliados tribais buscam conquistar vantagem militar que permita desequilibrar a mesa de negociação entre os dois governos, que conversam há semanas sob a mediação da ONU.

Ontem, fontes de segurança da capital informaram à Efe que cinco comandantes e três milicianos das forças islamitas leais ao governo rebelde em Trípoli morreram em choques nos arredores da capital com as forças leais ao governo de Tobruk.

A Líbia é um Estado falido, vítima do caos e da guerra civil, desde que em 2011 a comunidade internacional e as forças da Otan contribuíram para derrubar o regime ditatorial de Muammar Kadafi.

Desde as últimas eleições, dois governos, um em fim de mandato e rebelde em Trípoli, e outro reconhecido em Tobruk, lutam para assumir o controle do país apoiados por milícias islamitas, ex-membros do antigo regime, líderes tribais, senhores da guerra e traficantes de armas, pessoas, drogas e petróleo.

Beneficiados pela luta fratricida, grupos jihadistas como o braço líbio do Estado Islâmico (EI) avançam há semanas de seu reduto no leste, em Darna, para a cidade litorânea de Sirte, onde já controlam alguns bairros e lutam contra as forças islamitas moderadas leais a Trípoli. EFE

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