Combates em Benghazi, no leste da Líbia, deixam 9 milicianos mortos
Trípoli, 5 mar (EFE).- Pelo menos nove milicianos morreram ontem à noite em vários enfrentamentos entre grupos rivais em bairros da cidade de Benghazi, no leste da Líbia.
Segundo informou à Agência Efe uma fonte de segurança da cidade, cinco milicianos da brigada Asaiqa 21, leal ao general sublevado Khalifa Hafter, morreram em ataques das milícias islamitas Maylis Shura e Zuar de Bengazhi.
A fonte afirmou que as cinco vítimas morreram atingidas por um projétil de morteiro lançado pelas milícias islamitas que atingiu o bairro de Qar Yunes.
Além disso, um helicóptero das tropas de Haftar tentou destruir posições da chamada Brigada 17 de Fevereiro, uma das três forças islamitas aliadas à milícia Maylis al Shura.
As tropas de Hafter lançaram dois mísseis do tipo C5, mas sem alcançar seu alvo, segundo a fonte.
Já uma fonte militar próxima a Hafter informou à Agência Efe sobre a morte de quatro milicianos islamitas na localidade de Suq al Hut.
O general sublevado, designado na segunda-feira novo chefe do Estado-Maior do exército líbio leal ao governo reconhecido internacionalmente de Tobruk, ampliou sua ofensiva nos últimos dias com bombardeios sobre o aeroporto de Maitiqa, em Trípoli, e posições das milícias islamitas que defendem o governo rebelde estabelecido na capital.
Segundo informou hoje à Efe uma fonte de segurança aeroportuária, Hafter lançou nesta manhã outros ataques aéreos contra o aeroporto de Maitiqa, cuja pista de aterrissagem ficou danificada.
O aeroporto, que tinha retomado os voos para a Turquia na segunda-feira após mais de dois meses de inatividade, vem sendo nos últimos três dias alvo de ataques aéreos lançados por Hafter.
Os combates no leste e oeste do país se intensificaram no momento em que as partes em conflito na Líbia se reúnem hoje em uma nova rodada de diálogo nacional em Rabat (Marrocos). As negociações são mediadas pela ONU e buscam alcançar um acordo que crie um governo de unidade e permita o país sair de sua grave crise. EFE
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