Combates em Mossul, no Iraque, deixam 33 jihadistas mortos
Mossul (Iraque), 24 nov (EFE).- Pelo menos 33 jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) morreram nas últimas horas na cidade de Mossul e seus arredores, no Iraque, entre eles um dirigente responsável pela venda de mulheres yazidis sequestradas.
O porta-voz da União Patriótica do Curdistão (UPK), Gayaz al Suryi, informou nesta segunda-feira à Agência Efe que 20 radicais morreram em combates nesta madrugada com as forças curdas peshmergas na montanha de Bashiqa, a 14 quilômetros ao nordeste de Mossul.
Os enfrentamentos duraram mais de quatro horas e se desencadearam depois que membros do EI atacaram uma posição dos peshmergas na região, segundo Suryi, que não informou sobre baixas entre as forças curdas.
Após os choques, a aviação da coalizão internacional bombardeou dois postos do EI em Bashiqa, gerando grandes colunas de fumaça. Ainda não se sabe se a ação deixou vítimas entre os jihadistas.
Além disso, os corpos de treze jihadistas foram levados hoje para o necrotério de Mossul, disse à Efe um legista local.
Alguns dos corpos apresentavam impactos de estilhaços e outros estão totalmente carbonizados.
Um dos mortos foi identificado como Mostafa Qerbash, conhecido como Abu Hosam, mortos pelas Brigadas de Mossul em combates em Tel Afer, a 60 quilômetros ao oeste de Mossul, segundo um comunicado divulgado na internet por este grupo.
Qerbash era um líder do EI que vendia mulheres da minoria yazidi que foram sequestradas para outros membros do grupo jihadista.
A Human Rights Watch (HRW) denunciou em outubro que o EI mantém como reféns centenas de yazidis no Iraque, muitos dos quais foram forçados a se converter ao islamismo, e que obriga as mulheres a se casarem com os jihadistas.
Mais de 500 mil yazidis e membros de outras religiões minoritárias fugiram do norte do Iraque desde junho, e outras centenas foram assassinados pelo EI, segundo dados da ONU.
Mossul, capital da província de Ninawa, caiu em mãos do EI em junho, quando os jihadistas lançaram uma ofensiva relâmpago no norte do Iraque e proclamaram um califado em partes deste país e da vizinha Síria. EFE
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