Combates entre jihadistas e islamitas na Líbia deixam 39 mortos

  • Por Agencia EFE
  • 30/07/2015 11h58
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Trípoli, 30 jul (EFE).- Pelo menos 26 supostos jihadistas do braço líbio do grupo Estado Islâmico (EI) e outros 13 das milícias islamitas morreram em combates na cidade de Derna, ao leste do país, indicaram nesta quinta-feira à Agência Efe fontes de segurança.

Os combates ocorreram ontem entre soldados da plataforma da milícias de “Maylis al Shura” e “Zuar de Derna” ao lançar repetidos ataques contra posições do EI no bairro de Al Fatayah, na cidade litorânea de Derna, situada a 1.290 quilômetros ao leste de Trípoli, acrescentaram as fontes.

Entre os supostos jihadistas mortos, quatro são de nacionalidade tunisiana, enquanto outros três de várias nacionalidades africanas, precisou a fonte.

Outras fontes locais aumentaram o número de mortos dos supostos jihadistas a 30 e indicaram que entre eles há membros estrangeiros, sem oferecer detalhes de suas nacionalidades.

“Maylis al Shura” e “Zuar de Derna”, integradas na plataforma “Fajr Libya” (Amanhecer Líbia), leal ao governo de Trípoli, combatem há várias semanas o EI em Derna, cidade próxima à fronteira com o Egito na qual os jihadistas têm seu reduto.

Essa última é palco há um mês de intensos combates entre as milícias islamitas fiéis a Trípoli, o Exército leal ao Executivo internacionalmente reconhecido, com sede em Tobruk, e o EI, que se estenderam também à vizinha Benghazi, segunda cidade em importância do país.

A Líbia é um Estado fracassado, vítima do caos e da guerra civil, desde que em 2011 a comunidade internacional contribuiu para o êxito da revolta contra o regime ditatorial do coronel Muammar Kadafi.

Desde então, o país está dividido, com dois governos que lutam pelo controle dos recursos naturais apoiados por antigos membros do antigo regime de Kadafi, islamitas, líderes tribais e senhores da guerra que traficam armas, drogas e pessoas.

Da divisão se beneficiam grupos jihadistas afins ao EI e à Al Qaeda no Magrebe Islâmico, (AQMI), que nos últimos meses ampliaram seu poder e influência no país. EFE

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