Combates no Afeganistão matam cem supostos membros do EI
Cabul, 29 set (EFE).- Pelo menos cem supostos membros do Estado Islâmico (EI) morreram nesta terça-feira e outros 120 ficaram feridos, além de quatro membros de forças de segurança afegãs, em combates na província de Nangarhar (leste do Afeganistão), informaram fontes oficiais.
Os enfrentamentos ocorreram quando cerca de 600 insurgentes atacaram controles do Exército e da Polícia no distrito de Achin e as forças afegãs responderam com apoio aéreo, disse à Agência Efe o porta-voz policial na província, Hazrat Hussain Mashriqiwal.
Mashriqiwal garantiu que pelo menos cem atacantes faleceram e 120 ficaram feridos, enquanto só quatro membros das forças de segurança sofreram ferimentos.
“A maioria das baixas ocorreu entre os militantes em bombardeios das Forças Aéreas afegãs”, afirmou o porta-voz.
O contra-ataque das forças afegãs prossegue para perseguir os insurgentes que se refugiaram em zonas de montanha, acrescentou.
O ministro interino de Defesa do país asiático, Masoum Stanikzai, declarou em entrevista coletiva em Cabul que “os reforços chegaram em 20 minutos à zona e houve uma forte resistência dos militantes”.
O ataque é o segundo deste tipo por parte do EI em três dias neste distrito, fronteiriço com o Paquistão, depois que no domingo 85 supostos insurgentes do grupo terrorista morreram em bombardeios das forças americanas quando participavam de uma ofensiva contra postos da Polícia.
Segundo a agência de inteligência afegã, os insurgentes eram cidadãos paquistaneses pertencentes ao grupo liderado por Hafiz Sayed Khan, o ex-governador do EI para a denominada região de Khorasan (Irã, Afeganistão e Paquistão) que faleceu em julho no bombardeio de um drone americano.
O grupo da ONU para o acompanhamento da Al Qaeda publicou na sexta-feira um relatório no qual diz que o Estado Islâmico está recrutando seguidores em 25 províncias do país asiático, um extremo negado pelo Ministério do Interior afegão, que assegura que sua presença se limita a Nangarhar e a Helmand.
O Estado Islâmico invadiu recentemente o Afeganistão, o que altera o cenário de guerra dos últimos 13 anos, e o governo afegão estabeleceu unidades especiais para combatê-lo.
Os Estados Unidos mantêm desdobrados 9,8 mil militares até final de ano como parte de sua missão “antiterrorista” no Afeganistão. EFE
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