Combates no leste da Ucrânia matam pelo menos três militares

  • Por Agencia EFE
  • 20/05/2015 11h45

Kiev, 20 mai (EFE).- Pelo menos três militares das forças governamentais ucranianas morreram e outros nove ficaram feridos em combates no leste da Ucrânia nas últimas 24 horas, informou nesta quarta-feira o porta-voz da Presidência para assuntos militares, Andre Lisenko.

“Perdemos três militares e outros nove ficaram feridos”, disse o porta-voz em seu comparecimento diário para informar sobre a situação nas regiões orientais de Donetsk e Lugansk, que desde abril do ano passado são palco de uma rebeldia armada pró-russa.

Lisenko disse que todos as baixas mortais ocorreram em tiroteios com um grupo de sabotadores junto à aldeia de Katerinovka, na região de Lugansk. Cinco pessoas ficaram feridas.

“Ontem, as posições do Exército ucraniano foram atacadas em 22 ocasiões com fogo de morteiros de 122 milímetros e artilharia pesada”, disse Lisenko, que acrescentou que os ataques pró-Rússia mais intensos ocorreram nos arredores de Donetsk e nos arredores de seu aeroporto.

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, assegurou em entrevista divulgada ontem pela rede britânica “BBC” que o conflito nas regiões orientais do país é uma guerra com a Rússia.

“Esta não é uma luta com os separatistas apoiados pela Rússia, esta é uma guerra real com a Rússia”, disse o líder, que acrescentou que prova disso são as dezenas de soldados russos capturados na zona do conflito.

A Rússia negou de maneira reiterada as acusações de Kiev e Ocidente sobre o envio de tropas regulares ao leste da Ucrânia para ajudar os rebeldes pró-Rússia.

Segundo Poroshenko, o conflito, que explodiu em abril do ano passado deixou quase 7 mil mortos entre a população civil e 1,8 mil nas fileiras das forças governamentais.

Apesar do cessar-fogo declarado em 15 de fevereiro, os militares ucranianos e as milícias se acusam diariamente de seu descumprimento.

A trégua é o primeiro ponto de um plano de paz que inclui a retirada do armamento pesado e a criação de uma faixa de segurança ao longo da linha de separação de forças, além de uma série de medidas no âmbito político. EFE

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