Combates se intensificam em Donetsk e casas e hospitais ficam sem calefação

  • Por Agencia EFE
  • 03/02/2015 09h28

Kiev, 3 fev (EFE).- A situação humanitária em Donetsk, a capital da rebelde região homônima no leste da Ucrânia, se agrava pelos combates entre os pró-Rússia e as tropas de Kiev, e mais de 700 casas, 18 hospitais, 21 creches e 15 centros educativos ficaram sem calefação.

Segundo informa nesta terça-feira o jornal “Novosti Donbassa”, leal às autoridades de Kiev, pelo menos 45 fontes térmicas municipais permanecem apagadas na cidade, onde a temperatura média ronda os 2 graus centígrados, enquanto 20 caldeiras não têm eletricidade.

As hostilidades entre os dois grupos se recrudesceram desde o começo deste ano, especialmente no entorno do aeroporto de Donetsk e na zona de Debaltsevo, estratégico local de comunicações entre as autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk.

O coordenador do portal “Resistência Informativa”, Dmitri Timchuk, assinalou hoje que os hospitais das localidades de Krasni Luch e Antratsit, na região de Lugansk e próximas a Debaltsevo, estão saturados com separatistas pró-Rússia feridos em combate.

Segundo Timchuk, muito próximo às autoridades de Kiev, as baixas nas fileiras dos separatistas são tão altas que os necrotérios da cidade de Donetsk deixaram de receber corpos de civis mortos.

Pelo menos cinco civis morreram e outros 13 ficaram feridos nas últimas 24 horas em Donetsk pelo fogo da artilharia ucraniana, segundo a Prefeitura dessa cidade controlada pelos separatistas.

Como consequência do bombardeio, 15 edifícios, entre eles três estabelecimentos educativos, ficaram danificados, afirmou a fonte.

Os separatistas pró-Rússia cifraram há dois dias em cerca de 7 mil os mortos na guerra que explodiu em abril no leste da Ucrânia, em sua maioria civis residentes na zona de conflito.

A ONU calcula que ao redor de 1,5 milhão de habitantes das regiões de Donetsk e Lugansk se transformaram em deslocados ou refugiados por causa do conflito que explodiu após a rebelião pró-russa de meados de abril. EFE

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