Começa a ofensiva curda para recuperar terreno no norte do Iraque

  • Por Agencia EFE
  • 09/08/2014 07h42

Mossul, 9 ago (EFE).- As forças curdas (“peshmergas”) lançaram uma ofensiva militar, com ajuda de aviação, para recuperar os territórios ocupados pelo Estado Islâmico (EI) nas cercanias da cidade de Mossul, norte do Iraque, informou à Agência Efe o general curdo Abdel-Rahman Kurini.

Estão ocorrendo fortes enfrentamentos, com ajuda aérea militar -a fonte não pôde esclarecer se são aviões iraquianos ou americanos-, nas regiões que rodeiam Mossul e que foram ocupadas pelo EI, depois que os curdos se retiraram delas há dois dias.

Ao longo da manhã, as forças curdas -equipadas com armas pesadas- lançaram vários ataques contra diferentes fortificações jihadistas, o que, segundo o general, provocou dezenas de vítimas.

Nos enfrentamentos que ocorreram na aldeia de Simhala, perto da estrada que leva à represa de Mossul (tomada ontem pelos insurgentes), as forças curdas mataram 20 combatentes do EI e deixaram um grande número deles feridos, explicou Kurini.

Além disso, os “peshmergas” queimaram dois veículos militares nos fortes enfrentamentos desta madrugada, que duraram mais de quatro horas, nos quais morreram dois soldados curdos e outros nove ficaram feridos.

Também estão ocorrendo combates entre os “peshmergas” e os jihadistas desde ontem à noite junto na passagem de Jazar, na entrada ao Curdistão iraquiano, e em Al Quair, na cidade de Majmur, para recuperá-las das mãos do EI.

Por outro lado, o governador da província de Ninawa -cuja capital é Mossul-, Azil al Nuyaifi, disse à imprensa que o apoio internacional para derrotar o EI “finalmente chegou após uma longa espera” e com isso haverá um intensificação das operações dos extremistas.

Nuyaifi lamentou que alguns pensam que o EI tem a capacidade de criar um estado, por isso que “se somaram a eles e combateram do seu lado para se aproveitar da destruição que estavam realizando, e os ajudaram em seus assassinatos e seus ataques às instituições em Mossul”.

O EI controla Mossul, a segunda cidade do Iraque, desde 10 de junho e luta no norte do país para ampliar seu declarado “califado”, o que desencadeou uma crise humanitária denunciada pela ONU.

O governador considerou que o domínio jihadista não durará muito tempo e fez uma chamada aos últimos civis que continuam em Mossul e seus arredores para que tomem nota do nome dos criminosos e de seus delitos, “porque a mão da justiça os processará em breve”.

Os Estados Unidos iniciaram ontem seus ataques “seletivos” a posições do EI com duas rodadas de bombardeios e deixou aberta a possibilidade de ataques adicionais para proteger o país da “ameaça” dos jihadistas. EFE

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