Começa cúpula de líderes da UE centrada na crise de refugiados

  • Por Agencia EFE
  • 23/09/2015 14h40

Bruxelas, 23 set (EFE).- Os chefes de Estado e do governo da UE iniciaram nesta quarta-feira a reunião extraordinária sobre a crise de refugiados na qual tentarão dar uma resposta conjunta à chegada em massa de litigantes de asilo e buscar medidas para atuar sobre a raiz do problema.

Os líderes se reúnem em um ambiente de forte divisão interna depois que na terça-feira os ministros europeus do Interior forçaram o voto para aprovar a repartição de 120 mil refugiados, à qual se opuseram Eslováquia, República Tcheca, Hungria e Romênia, além da Finlândia, que se absteve.

Os vinte E oito esperam aprovar hoje por consenso uma declaração geral sobre o futuro da política de migração e asilo europeu, na qual previsivelmente insistirão na necessidade de reforçar as fronteiras exteriores para preservar a área de livre circulação de Schengen, assim como na colaboração com países de origem como a Síria e Iraque e trânsito como a Turquia, Jordânia e Líbano.

Os europeus também insistirão na necessidade de que os países que constituem ponto de entrada à UE, como Grécia e Itália, apliquem estritamente as normas de registro e tomada de impressões digitais dos solicitantes de asilo e evitem deixar que estas pessoas passem a outros países comunitários.

Os países da UE indicarão quais são as medidas que consideram mais urgentes e deveriam ser adotados já em outubro para fazer frente às crises de refugiados.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, pediu hoje aos líderes comunitários um plano concreto e comum para fazer frente à crise dos refugiados, e considerou que a questão mais urgente é “recuperar o controle” das fronteiras exteriores da UE.

“Chegamos ao momento crítico no qual necessitamos também pôr fim a este ciclo de recriminações mútuas e maus entendidas”, ressaltou Tusk, que antecipou que proporá aos vinte E oito ajudar os refugiados na região -através do Programa Mundial de Alimentos e ACNUR- e dar mais assistência à Turquia, Jordânia e Líbano e outros países.

Além disso, Tusk disse que será preciso mais ajuda dos países comunitários no ponto de entrada de refugiados à UE e ao reforço imediato do controle das fronteiras externas mediante Frontex, o Escritório Europeia de Asilo (EASO) e Europol.

Por sua vez, o presidente da Comissão Europeia (CE), Jean-Claude Juncker, confiou que os líderes respaldem as novas medidas propostas por Bruxelas, incluída a contribuição de 1,7 bilhão de euros adicionais para responder à crise de refugiados.

“É hora de atuar, de transformar as palavras em ações ambiciosas”, afirmou.

Por sua vez, o presidente do parlamento Europeu, Martin Schulz, disse que acredita que os líderes deem hoje com uma fórmula aceitável para todos para tramitar a chegada de refugiados e nesse contexto apoiou os critérios que Bruxelas defendeu para fazer essa distribuição entre os países.

Juncker também expressou a disposição do PE em apoiar as propostas da CE e a acelerar os procedimentos para seu início. EFE

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